Capítulo 7 • Logan Adams

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EVELINE ESTAVA ME EVITANDO

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EVELINE ESTAVA ME EVITANDO. Eu não a via desde nosso passeio pelos canais da cidade dois dias atrás.

Quando se despediu de mim naquele dia, ela já estava um pouco estranha e menos à vontade do que antes. Queria ter podido pedir desculpas pelo que tinha acontecido, mas havia muitas pessoas por perto e eu não ousava correr aquele risco. Não por mim. Não me importava com o que diziam a meu respeito, mas ela não podia se dar àquele luxo.

Ontem, desci para o café da manhã confiante de que a encontraria sentada ao lado do rei no tablado alto da sala de jantar e que, depois da refeição, nós poderíamos conversar num lugar mais tranquilo para eu poder me desculpar, mas ela não estava lá. Indisposta, o rei disse, e ela também não apareceu no almoço ou no jantar e a mesma coisa se repetiu no café da manhã de hoje.

Nunca tinha me sentido tão tolo na vida. Passei grande parte da manhã dando voltas pelos corredores do primeiro andar do palácio à procura dela, tentando inutilmente provocar um encontro casual que não aconteceu porque Eveline não estava em lugar algum. Quando meu relógio marcou onze e meia, voltei até a sala de jantar onde as refeições eram servidas para almoçar na companhia do rei, na esperança de vê-la, mas ela também não apareceu. Foi quando me dei conta de que a indisposição poderia ser real.

Uma eternidade se passou até o rei colocar seus talheres de lado e eu poder me levantar da mesa sem parecer rude. Já no corredor, percebi que não sabia muito bem o que faria em seguida, só tinha a certeza de que não podia continuar sem saber se ela estava bem. Precisava de informações, mas como não queria sair por aí fazendo perguntas e parecendo interessado demais, teria de ser criativo.

Ninguém notou quando entrei na ala dos funcionários. Havia um fluxo de gente indo e vindo do refeitório anexo à cozinha e me dei conta que não poderia ter chegado numa hora melhor. Também era a hora do almoço para quem trabalhava no palácio e, onde havia muita gente, havia conversa e troca de notícias.

Entrei no salão e... quase não pude acreditar!

Eveline conversava despreocupadamente com outra mulher perto de uma das mesas comprida. Ela usava um vestido verde escuro que emoldurava seu rosto e, no alto da cabeça, havia um adorno que a distinguia dos outros. Não era bem uma coroa, mas a mensagem que passava era clara para todos os que olhassem em sua direção.

Não sei o que esperava encontrar quando a visse de novo, mas com certeza não era aquele sentimento de impotência. Desde a barca, eu havia omitido para mim mesmo quem ela realmente era e a realidade de vê-la régia daquele jeito me atingiu como um balde de água fria. De repente, a ideia de lhe pedir desculpas por algo que ela provavelmente nem lembrava mais que tinha acontecido já não me pareceu tão apropriada e, pela segunda vez naquele dia, me senti tolo.

Quis dar meia volta e fazer de conta que nunca tinha estado ali, mas seus olhos encontraram os meus e me vi completamente preso e desarmado. Observei-a trocar algumas palavras com a mulher que a acompanhava e andar até mim quase que em câmera lenta. Ela sorriu e meus pulmões soltaram o ar que nem sabia que estivera prendendo.

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