Capítulo 40 • Sua Alteza Real, Eveline da Alpia-Ístria

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— SUA TEMPERATURA VOLTOU AO NORMAL, alteza

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— SUA TEMPERATURA VOLTOU AO NORMAL, alteza. – a médica me explicou enquanto retirava com delicadeza o cateter do meu braço e colava por cima do pequeno furo sangrento um pedaço de esparadrapo com algodão esterilizado – Terei o resultado do resto dos seus exames pela manhã, mas tenho quase certeza que não trarão alterações. A senhorita está bem. – ela garantiu – Vai sentir mais algum desconforto no peito, porém isso é uma reação normal à força que o seu corpo fez pra expelir a água que engoliu. Me avise se ficar demais. Já te dei uma dose de analgésicos, mas eles podem não ser suficientes. – completou com um sorriso contido – Agora, o que precisa fazer é descansar e deixar que seu corpo se cure. Durma um pouco. – pediu para mim, no entanto a advertência contida em sua voz estava destinada às três outras pessoas preocupadas espalhadas pela enfermaria.

— Vou tentar. – garanti, apertando a mão de Brigitte que não havia me deixado nem por um segundo desde que tudo acontecera, e recebendo o mesmo gesto de carinho de volta. A médica observou com apreço aquela troca silenciosa de informação entre minha melhor amiga e eu e balançou a cabeça antes de se afastar.

— Estarei na minha sala, caso precise de qualquer coisa. Não hesite em me chamar.

Stephen foi o primeiro a se aproximar da cama onde eu estava quando ela nos deixou a sós.

— Preciso voltar para o salão para avisar a Matt que você está bem. – ele explicou. Depois de ter ficado mais de meia hora ao meu lado enquanto era examinada, Matt havia decidido voltar para o baile para manter as aparências. O que tinha acontecido comigo não podia vazar, todos nós tínhamos consciência daquilo, e coube a ele o trabalho de contenção de danos, além de informar a tio Pieter que eu quase tinha sido assassinada por um dos agentes da PSG. – Mas antes, – meu primo continuou – quero que você saiba que eu mesmo liguei para tia Daph e contei o que aconteceu.

— E ela? – o incentivei a continuar, desconfiada da pausa que ele propositalmente fez.

Stephen não era só o príncipe da Noruécia ou meu primo, era também o terceiro na linha de sucessão ao trono da Alpia-Ístria. Ele sabia até certo ponto dos problemas que rodeavam o palácio de Vienna e um deles, o mais importante naquele momento, era a aversão de minha mãe a tudo o que tinha a ver com a Germânia.

— Ela quase chorou Eve. – ele respondeu num tom de censura defendendo sua madrinha – Sei que você tem vários motivos para permanecer cética nesse assunto, mas deveria dar a ela algum crédito.

E eu dava.

Minha dúvida não era a respeito dos sentimentos que tinha por mim. Eu sabia que, mesmo de um jeito torto, minha mãe sempre me amara, se preocupara e estivera disposta a tudo pelo meu bem-estar. Era ali, naquelas últimas palavras, que o real problema se encontrava.

Desde que botei meus pés em Rosenthal, tudo o que ela fez foi tentar me convencer a voltar para Vienna. Até tentara me dissuadir de casar com Matt enviando Adrien, por quem pensava que eu era apaixonada. E agora que havia uma razão séria para se opor aos planos de meu pai, tinha certeza que ela ficaria mais agressiva e que não se limitaria a cruzar os braços e esperar o próximo passo de Van Basten. Ela faria o próprio movimento no jogo, e a única certeza que eu tinha era que seria contra o meu casamento com Matt.

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