Capítulo 59 • Matthias von Löwestein

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MINHAS MÃOS ESTAVAM ATADAS

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MINHAS MÃOS ESTAVAM ATADAS. Descia a escadaria de acesso ao pátio da casa da minha família para me juntar à Guarda Vermelha e ir resgatar Eveline quando dois oficiais me impediram de me aproximar das vans que eles usariam para ir até Haven.

— Não sabemos o que vamos encontrar lá. – o capitão Leclerc explicou, se aproximando de mim com um fuzil nas mãos e o rosto, como sempre, desprovido de emoções – Pode ser uma armadilha, e seria irresponsabilidade minha te levar junto.

— Você não pode me proibir, Leclerc. Eu ainda não estou sob sua jurisdição. – o lembrei, ansioso para ter certeza de que ela estava mesmo bem, mas o capitão nem sequer piscou.

— Me observe então. – disse, me dando as costas, entrando no carro da frente e dando a ordem para que o motorista desse a partida. Fui obrigado a assistir o comboio se afastar a toda velocidade, com as sirenes ligadas, contido pelos dois oficiais que ele havia deixado para trás para me manter ali.

Tomei fôlego, deixando o que tinha acabado de acontecer de lado para botar minha cabeça no lugar. Precisava avisar a Pieter e, principalmente, precisava comunicar Daphne e Oliver o que estava acontecendo antes que a notícia se espalhasse e chegasse até eles através da rede de inteligência da PSG.

Voltei depressa para casa, ignorando as perguntas da minha família, entrei no meu escritório e peguei o telefone na mesa. Meu pai me seguiu para dentro do cômodo, fechando a porta atrás dele, a expressão grave diante do pouco que havia deduzido, enquanto eu discava o número do palácio Rosenthal.

— Código três-sete-quatro-zero. Preciso de uma linha segura com sua majestade agora. – pedi para a telefonista, dando a ela a minha senha pessoal de acesso ao rei. Faltava pouco para as sete da noite e sua majestade devia estar se preparando para dar início ao jantar que estava oferecendo em honra dos pais de Eveline. Olhei para meu pai, parado do meu lado em silêncio, pronto para me apoiar no que eu precisasse, e me perguntei se nos vinte anos em que ele havia servido ao rei Pieter como seu conselheiro alguma vez tinha precisado dar à sua majestade aquele tipo de notícia. Seria a minha segunda vez em menos de dois meses.

— Matt? – a voz de Pieter soou ansiosa do outro lado da linha – O que aconteceu?

— Pieter, preciso falar com você, Daphne e Oliver. – respondi e intuí mais do que senti a mandíbula do rei travar com a antecipação do que viria.

— Você está no alto-falante agora. – ele me disse um segundo depois – Eles estão aqui comigo.

— Matt, isso tem a ver com Eveline? – minha futura sogra quis saber, uma pequena nota de aflição transparecendo pela sua voz treinada a permanecer inflexível. Engoli em seco.

— Infelizmente tem. – respondi, me resignando a dizer as palavras do jeito que eram, sem tentar aliviar o que significavam – Eveline sofreu outro atentado.

Caos foi o que se seguiu. Daphne se desesperou ao mesmo tempo que Pieter exigia mais informações e Oliver tentava acalmar a esposa ao fundo da ligação, mas não havia muito mais que eu pudesse informar. Tudo o que eu sabia era que Eveline havia mentido, dito que estaria no quarto com a senhorita Leclerc e, menos de uma hora depois, ligado pedindo que a Guarda Vermelha fosse até ela pois estava sob ataque, barricada na casa de Logan Adams.

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