Capítulo 30 • Matthias von Löwestein

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EU NÃO DEVERIA TER DEIXADO Eveline sozinha

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EU NÃO DEVERIA TER DEIXADO Eveline sozinha.

Devia ter confiado no meu instinto ou ao menos previsto que Van Basten estaria à espreita, esperando por um momento propício para tirar vantagem do que pudesse. Mas não. Me deixei levar pela sensação de proteção que estar na casa de uma família apoiadora dos Rosenthal criava, mesmo sabendo que era uma ilusão, e agora não tinha ideia de onde a princesa poderia estar.

— Se você quiser podemos procurar por ela. – Stan disse indicando o corredor que levava para o interior do palacete com o queixo – Segundo Mirella eles foram na direção da biblioteca.

— Não é necessário. – respondi tentando parecer o mais despreocupado possível para não levantar suspeitas – Eles já devem estar voltando pra cá.

Como se não fosse suficiente voltar para a festa e descobrir que Van Basten tinha tido a audácia de se aproximar de Eveline, ela tinha deixado o salão de braços dados com ninguém menos do que Logan Adams, e a única coisa que ainda mantinha aquela ligação aceitável para quem observava de fora eram as fotos que haviam saído no jornal dela o consolando durante o passeio que fizeram juntos dias atrás. Isso e o fato de que eu estava ali, conversando com Stan e bebendo champanhe, como se nada demais estivesse acontecendo.

Eu tinha plena consciência que, enquanto mantivesse aquela postura, todos pensariam em Logan e Eveline como os amigos que os jornais haviam mostrado e, contanto que eles voltassem para o salão nos próximos minutos, as pessoas logo moveriam sua atenção para outro assunto e tudo estaria bem de novo. Se não voltassem, então seria problemático.

Tudo o que Eveline e eu tínhamos conseguido naquela noite seria arruinado se rumores começassem. O casamento só funcionaria se não existisse nenhuma dúvida a nosso respeito porque nem o povo da Alpia-Ístria muito menos o da Germânia apoiariam mais um relacionamento forçado entre suas famílias reais. Aquilo sem dúvida nenhuma daria ainda mais poder à Van Basten e, por isso, eu precisava me manter calmo e com a mente clara para não dar mais nenhum passo em falso.

— Preciso dizer: se fosse eu no seu lugar, – Stan comentou arqueando uma das sobrancelhas – e a minha namorada tivesse sumido com o cara mais desejado da festa, eu não estaria tão calmo. Eu iria querer ir atrás dela.

Mas é claro que eu queria ir atrás dela!

Eveline deveria estar aterrorizada com a ousadia de Van Basten, e eu me preocupava muito com o impacto que as palavras dele poderiam ter nela. Não queria que o que aconteceu na reunião do conselho se repetisse, ainda mais ali, onde ela não poderia se dar ao luxo de fugir como tinha feito da outra vez, mas não havia nada que eu pudesse fazer, não com Stan por perto. Ele era meu amigo e eu confiava nele, porém não podia correr o risco de que mais alguém soubesse sobre Logan e Eveline.

Meu único consolo, se é que dava para chamar daquele jeito, era imaginar que a intervenção de Logan não havia sido por acaso. De alguma forma ele sabia do perigo que a princesa corria com o duque e, se eu estivesse mesmo certo, então sem dúvida alguma ele a manteria a salvo onde quer que estivessem porque, independente do que tinha acontecido entre eles, era óbvio que ele se importava.

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