CAPÍTULO EXTRA II

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Um coração partido é tudo o que restou
Eu ainda estou consertando todas as rachaduras
Perdi algumas peças quando
Eu o levei, levei, levei pra casa

✯✯✯

N

estha olhou através da varanda da varanda da casa dos ventos antes que pudesse desviar o olhar para longe da cidade iluminada abaixo e decidisse se afastar.

Ela ainda estava evitando todos desde.. desde aquele maldito dia o de tudo mais uma vez pareceu perdido. Embora, ela tenha invadido o quarto de Callyen uma vez quando seu irritante mestre espião não estava parado como um maldito cão de caça a porta de seu quarto e sim afundado em auto piedade em algum lugar. Não que ela pudesse julga-lo quando ela fez o mesmo por muito tempo, e continuava fazendo mesmo que tenha abandonado o carrossel de machos estranhos que costumava passar por sua cama.

Encontrar a fêmea enfaixada naquela cama foi algo que.. realmente tocou em algo em Nestha que mesmo a fêmea não sabia que estava ali.

— Por que está aqui, Nestha.. ? — questionou depois que se moveu sobre os lençóis de seda negros, a expressão de dor informando que o movimento foi incomodo demais.

— Como conseguiu? — Nestha perguntou, cruzando os braços sobre o peito. Não para para projetar a pose de inquebrável, ao contrário, o movimento foi pensado para juntar os pedaços dela que pareciam querer se partir.

— Voltar?

— Não se deixar consumir. — disse, engolindo a saliva seca.

Ela observa quando Callyen puxa u.a respiração e a prende, uma expressão de dor tomando suas feições. Nestha moveu um passo para perto sob o olhar da fêmea, e então outro antes de parar analisando se deveria ou não oferecer o que estavas a fazer. Ela afasta a mão direita do aperto e o ergue a frente do corpo..

— Eu posso..

— Eu sei o que você pode fazer, Nestha Archeron.. sei o que você usurpou só Caldeirão, sei o que você pode desfazer com um toque e um sussurro.. e obrigada por me oferecer isso.. mas não vai adiantar se você não souber o que está fazendo. — Ela ouve a voz da fêmea, sente aquela coisa monstruosa e escura se removendo atrás da pele marcada em seu corpo.

Poder reconhece Poder. O que quer que estivesse dentro da fêmea do Encantador de Sombras, o que ela vira naquele dia quando ela voltou das cinzas de além mundo reconhecia o que Nestha havia roubado do Caldeirão.. a fêmea então se lembrou de uma conversa ouvida por trás da porta da biblioteca do solar de Feyre e seu Grão Senhor muito tempo antes: Callyen era o que restou do Caldeirão, então ela saberia o que Nestha havia roubado mesmo sem olhar dentro de seus olhos por muito tempo.

— Se pensar muito acabará ficando louca.. — ela ouve novamente a voz da fêmea por trás da sua mente, então solta uma risada sarcástica.

— Eles já acham que eu sou louca de qualquer forma.. pensar demais a respeito não fará diferença.

— De todos os pensamentos que qualquer um deles tem a seu respeito Nestha Archeron, todos são de que você precisa de ajuda e aprender a controlar o que você é.

— E o que eu sou, Callyen? — questiona abruptamente, soltando os braços para os lados do corpo, disparando um passo a frente. Ela sentiu quando aquela coisa serpenteou abaixo dos escudos que ela o havia prendido, arranhando para escapar novamente.  — Eu não sou nada. E o que fui, deixei de ser a muito tempo. Antes mesmo que... — Nestha inicia, embora se vale antes que pudesse voltar as feridas abertas do passado. Marcas que estavam lá antes das que esse mundo cortassem novas cicatrizes.

Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now