CAPÍTULO 58

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CALLYEN

Havia se passando alguns minutos que Cassian, Mor e Azriel atravessaram, mas a sensação era como se os minutos já fossem horas. O formigamento dormente abaixo da minha pele era o que me impediu de atravessar no rastro negro das sombras no mesmo momento que Azriel pisou dentro da escuridão, isso devido a ordem explícita de Rhysand que desceu sobre mim com o peso de toneladas. Como o peso das palavras de um Grão Senhor a serem obedecidas.

Minutos se transformaram no que pareceu ser uma eternidade, e eu me atrevi a chamá-lo através do laço, para ser recebida pelo silêncio profundo e escuro do outro lado da ponte azul cobalto. Lancei um olhar desesperado a Rhysand, antes de vê-lo trocar um olhar com Feyre. Eu não podia ficar ali, eu não iria me abaixar as ordens de um Grão senhor que não era meu.

Movi minha mente de volta ao rastro das sombras que Azriel deixou quando atravessou, eu praticamente vi as gavinhas negras das sombras se abrindo quando eu deixei meu próprio Poder controla-las e molda-las numa abertura, eu pisei dentro do rastro, sentindo ser sugada pelo vento e escuridão.

A primeira coisa que me atingiu quando eu pousei do outro lado foi o cheiro de queimado, a fumaça enegrecida fez meus olhos arderem quando eu tive que respirar depois de sair do bolsão de sombras. Depois os gritos e então os rugidos das lâminas se chocando, e das bestas de Ykner avançando. Os soldados negros da Legião incendiaram a cidade, haviam pessoas correndo e soldados em armaduras brancas e azul lutando, a maioria, com manchas de sangue negro. Uma das bestas pareceu perceber minha presença virando, o animal que tinha chifres e presas avançou contra mim. Um dos soldados do inverno se interpôs, uma lança com a ponta que parecia ser de gelo erguida para o animal, mas pareceu inútil mesmo que eu soubesse que aquilo não era de gelo, e foi inútil quando a besta desceu a fronte e levantou num movimento que o chifre central perfurou o soldado e o ergueu do chão, num movimento que partiu o corpo do macho, corpo e entranhas foram atiradas longe pelo bicho que continuou a avançar contra mim.

Abaixei o corpo quando o animal estava próximo de mais, e me preparei para o impacto, deixando que meus dedos se transfigurasse em garras, quando eu vi o brilho da lâmina de uma espada caída no chão manchado de neve e sangue. Observei novamente a criatura pela visão periférica, os olhos tão vermelhos quanto a cor do vestido que eu usava, atrapalhando meus movimentos. Ainda assim consigo alcançar a espada ao mesmo tempo que o animal me alcança, rolo para o lado, sentindo uma das pressas rasgando o pano e a pele em meu estômago, ao mesmo tempo que giro a lâmina na mão fincando num ponto no pescoço da fera que grunhe frenéticamente com o ataque. Forço meu corpo para baixo, segurando o punho da espada fincada na carne do pescoço da besta, empurrando a lâmina mais para dentro, e para baixo. O bicho me carrega junto, enquanto consegue correr alguns metros a frente, mas eu finco novamente a lâmina mais para dentro de seu pescoço, fazendo cair com seu próprio peso, morto em seu próprio sangue.

Olho o caos ao meu redor novamente, a fumaça densa e a fuligem se misturavam ao ar gélido e aos flocos de neve da Corte, mais a frente eu vejo quando um grupo de soldados cerca um grupo. Abro o bolsão de sombras novamente, pisando dentro do vento eu atravesso o curto espaço sentindo a ferida recém aberta em meu abdômen arder com o esforço e uso da magia, empurro a dor para longe quando lanço um golpe da espada contra o espaço entre o elmo e a armadura negra e vermelha do soldado, a cabeça pendendo para o lado antes de cair contra a neve do chão. Quase tão imediatamente, defendo o ataque lateral do outro soldado, uma lança de ponta avermelhada veio em minha direção, ao qual eu defendo com um giro rápido da lâmina, uma mão despenca ainda segurando a lança, enquanto eu enfio a minha espada contra o peito do soldado.

A correria atrás de mim me informou que o grupo fugiu sem que eu precisasse mandar. Olho ao redor. Bestas aladas planavam acima, garras pontiagudas manchadas de sangue, um deles passou acima da minha cabeça, as garras perto o bastante para se enrroscarem em meu cabelo, soltando-o do penteado bagunçado, ao mesmo tempo que eu me abaixava e erguia a lâmina de aço da espada, arrancando-lhe os dedos fora. Ela gritou quando a espada a cortou, mas não parou quando isso aconteceu.

Príncipe das SombrasOn viuen les histories. Descobreix ara