CAPÍTULO 20

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CALLYEN

Eu podia sentir a tensão tomando conta de cada músculo de Azriel a medida que ele me soltava, devagar demais, enquanto conseguíamos ouvir os gritos abaixo, na cidade, aumentarem gradativamente. Eu sabia, em meus malditos ossos o que estava ocorrendo, e não podíamos perder mais tempo ali.

— Fique aqui. — o encantador sibila enquanto se afasta de mim e começa a caminhar em direção a porta, para sair do quarto.

Eu apenas o observo, incrédula se ele realmente achava que eu ficaria aqui estagnada, quando sabia o que estava ocorrendo. Ao inferno que eu ia. Começo a andar para fora também.

— Falei para você ficar aqui. — Azriel rosna a medida que se afasta de mim pelo corredor, descendo as pressas as escadas em direção a um cômodo em especial.

— Uma ova que vou ficar aqui. Sei o que está acontecendo, Azriel e eu posso ajudar! — rosno de volta enquanto ele não para de caminhar a minha frente apressadamente.

— Você esteve desacordada por dois dias, acabou de se recuperar de um surto. Você não ajudaria, ao contrário, atrapalharia.

Azriel diz e eu paro por um breve momento com suas palavras. Então eu corro mais rapidamente e o alcanço, ele para por um breve momento, enquanto o puxo num aperto em seu braço.

Não. Me. Subestime. Eu vou ajudar, e não será você quem irá me manter aqui.

Azriel descia os olhos do meu rosto para onde minha mão ainda se mantinha fechada em seu braço. Eu pude ver sua mandíbula se mover a medida que ele a apertava.

O encantador de sombras solta o braço do meu aperto e volta a caminhar, ele abre uma das portas a medida que passamos e eu vejo o que pode ser um arsenal. Não reclamo, apenas o sigo para dentro enquanto o mesmo começa a escolher as armas que usaria. Eu o sigo, pegando uma espada e um arco e com uma aljava de flechas colocando rapidamente as costas. Em um outro segundo, ele já estava caminhando para fora da sala em direção a abertura do salão para então, saltar em direção ao abismo da cidade abaixo.

Eu o sigo, me lançando pela beirada da Casa e despenco, o peso do corpo cortando a barreira do vento, eu deixo a magia se desfazer ao redor das asas e permito que elas se abram quando estou próxima a cair na terra. Ao meu lado as asas de Azriel, lindas e magestosas, perfeitamente abertas as suas costas enquanto ele plantava acima da cidade.

Eu vejo a fumaça subindo de algumas direções, as pessoas, as mesma que eu vira caminhando e conversando alegremente dias atrás, agora estavam correndo apavoradas enquanto uma orda de soldados negros sitiava a cidade, levando medo e deixando um rastro de destruição. Do meu lado Azriel some em vento e sombras e eu sei, no minuto seguinte quando uma rajada forte de sombras atinge um grupo de soldados, cegando-os dentro da escuridão e então, quando a massa de sombras desperçou eu vi quão poderoso e hábil ele poderia ser em segundos brutais. Os cinco soldados que estavam na rua pavimentada, atacando o povo, estavam agora, todos com as gargantas cortadas caídos em poças de sangue negro.

 Os cinco soldados que estavam na rua pavimentada, atacando o povo, estavam agora, todos com as gargantas cortadas caídos em poças de sangue negro

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