CAPÍTULO 22

9.4K 986 273
                                    

AZRIEL
🦇


Eles simplesmente desapareceram. Simplesmente, atravessaram para dentro e para fora de Velaris como se nossos escudos, reconstruídos e reforçados após a guerra, não fossem absolutamente nada.

De fato, a incógnita que Callyen representava estava começando a se resolver, mas ainda havia várias questões a serem postas. Vi a forma como ela lutara, a fêmea com certeza era formada para a batalha, se eu já não tivesse recebido uma amostra em sua demonstração com Cassian, a disputa de poder e espadas que ela fez com a fêmea invasora era uma demonstração específica.

Percebo que, o que quer fosse que estivesse impedindo a comunicação mental para fora da cidade desapareceu quando Callyen acertou o peito de Valissa, e essa atravessou com seus soldados de volta para o Inferno que deve ter saído.

Callyen caminha até a minha direção, determinação e ódio estampado em suas feições delicadas, ela se quer olhou em minha direção quando passou por mim, uma das mãos apertadas na ferida que ainda derramava sangue em sua barriga.
A seguro quando ela se desequilibra, segurando em seu braço e tomando cuidado com a ferida.

— Me desculpe. — a fêmea sussurra quando finalmente se entrega ao cansaço do esforço em lutar e usar magia após ter redobrado a consciência horas antes, e desmaia em meus braços.

Eu a seguro impedindo que ela desabe no chão, abro as asas e vôo de volta para a Casa dos Ventos.

Precisam voltar imediatamente para Velaris."

Encaminho a mensagem mentalmente afim de Rhysand conseguir me ouvir do acampamento. Durante os próximos segundos, longos, não obtive resposta. Seguro o corpo da fêmea mais próximo, quando uma corrente de ar se abate forte contra minhas asas, fazendo o cheiro dela se abater contra meus sentidos. As sombras se aquietam ao meu redor, ao passo que rodeiam envolta dela, reconhecendo-a.

Trinco a mandíbula para o forte sentimento que se abate. As sombras sabiam, e ainda assim, eu tentava segurar a gravidade desse sentimento.

A resposta de Rhysand veio minutos depois que pousei ao cume do salão de entrada da Casa.

O que houve?” até em pensamento o infeliz tinha o mesmo tom autoritário de voz. Havíamos criado um elo mental para comunicação a distância, vez que a falta disso gerou falhas em combate passados. Com a ajuda das pesquisas de Amren, Rhys conseguiu firmar uma ligação de irmandade entre mim, ele e Cassian, afim de facilitar estrategicamente em batalha, ou a simples comunicação a distância. Agora, tínhamos uma tatuagem representativa a mais na costela interligando os laços de irmandade.

”Fomos atacados. Inimigos conseguiram bular nossas defesas, e sofremos com algumas baixas."

Consegui ouvir o rosnado de frustração de Rhys mesmo pelo laço de irmandade, e supus que mesmo que não o tivesse, ouviria de qualquer forma.

“Como?!” Rhys rosna em meus ouvidos. Olho para a fêmea desacordada em meus braços enquanto caminho pelos corredores da casa, levando-a ao meu quarto.

Abro a porta dupla pesada com um chute, enquanto caminho pelo quarto, deposito seu corpo esguio sobre a cama, enquanto a observo. Vejo a ferida em sua bochecha, que ainda corre um filete de sangue e a pele ao redor parece esverdear em gavinhas pelas fibras das veias no local. Veneno. Aparentemente, mais poderoso que o veneno feérico que estávamos acostumados.

“Como, Azriel?!" Rhysand sibila em minha mente e eu me recordo que estava falando com ele.

“Eu não sei. Mas suspeito que Callyen saiba, afinal ela reconheceu o invasor.”

Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now