CAPÍTULO 54

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Às vezes, a única recompensa por ter alguma fé
É quando ela é testada de novo e de novo todos os dias
Eu ainda estou comparando seu passado com o meu futuro
Pode até ser sua ferida, mas eles são minhas suturas
Porque nós podemos ser imortais, imortais
(immortals - fall out boys)


CALLYEN

Os rostos dos Grãos Senhores se quer transpareceram a mesma expressão de surpresa que em seus olhos. Eles eram perfeitamente treinados, e isso era claro quando suas expressões se moveram em um total de nenhum músculo. Mesmo que, a tensão que invadiu o salão fosse sentida mesmo por fora da Manipulação, embora, ela estivesse gritando em minha mente que todos ali estavam incomodados, pelas minhas palavras, além do mais, pela minha presença.

A gama de olhares que pousou sobre mim quase me fez tremer. Eles não era dominadores de poder. Não... Esses machos, eles eram o próprio Poder. Qualquer um, com ou sem manipulação, poderia ver isso. Sentir isso. Entretanto, eu também sabia que não poderia vacilar minhas feições em suas frentes também. Então mantive minha máscara de mármore intacta sob seu incrutineo, permitindo que eles vejam apenas o que eu quero mostrar, por isso também mantenho todos os escudos através da minha mente erguidos e fortificados, embora eu saiba que as únicas pessoas aqui que são capazes de ler através da minha mente sejam Rhysand e Feyre, eu não vou confiar que não possa haver traidores capazes em outros locais desse castelo.

— E qual é sua relação com isso, senhorita Callyen? — o macho de pele negra e cabelos brancos como pérolas questiona. Os olhos azuis de oceano fitando profundamente meu rosto. Apesar dele ser visivelmente o mais novo em experiência, mesmo que o outro ruivo tenha menos tempo em seu cargo de Grão Senhor, Tarquin age com o controle de suas ações. Ele sabia o que estava fazendo.

— Você fala como se soubesse intimamente as intenções do inimigo. — O ruivo da Outunal, Eris, diz. Movendo-se na poltrona, para observar um pouco mais. Seus olhos de âmbar avermelhado passam rapidamente por mim, absorvendo as marcas em minha pele, meu vestido e o decote abaixo dos meus seios. Um sorriso distorcido ergue o canto de seus lábios quando seu olhar para na pele exposta entre minha clavícula e pescoço, e eu sei que ele vê, mesmo que esteja parcialmente encoberta pelo tecido do vestido, a ponta da mordida deixada por Azriel está ali. — Mesmo que agora você pareça mais íntima com alguns membros da Noturna.

Ele insinua. E eu posso ouvir o rosnado de aviso que Azriel lhe lança. Da mesma forma como posso ver o corpo de Cassian ficar mais reto que antes, enquanto eu também sei que ele olha de Mor para mim e então, para o macho sentado a minha frente.

A loira ao meu lado rola os olhos castanhos quando solta um gemido de asco.

— Percebe-se que ainda continua um porco nojento independente da sua patente, Eris. — ela diz, a voz saindo um tom mais afiado que do que eu já conhecia.

Não é uma história minha para ser contada.

Recordo as palavras de Az na minha mente. Ela fora prometida, séculos atrás para esse macho. E algo aconteceu para que a raiva, a mágoa e toda essa tensão fossem praticamente palpável entre eles. E entre Cassian. Eu vi pelo forma como os sentimentos eram enviados como ondas após ondas durante uma tempestade. Uma delas que me fez observar o macho ruivo novamente, quando uma sombra de culpa pairou sobre seu rosto bonito, antes que ele disfarçasse com um sorriso maldoso.

— E você, Mor, continua como a cadela egoísta mesmo que já tenha se passado alguns séculos e, com certeza, independente da sua posição. — ele provoca. O sorriso diabólico estampado enquanto seu olhar não o demonstra. Não sei qualquer um percebe isso entretanto, eu mesma se quer perceberia se não estivesse observando por tempo demais.

Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now