CAPITULO 49

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CALLYEN

Cassian ergueu dramaticamente uma sobrancelha em nossa direção quando acompanhei Mor de volta á cabana, mostrando seu visível descontentamento ao notar nem arranhão extra alem dos que já havíamos ganhado na luta da clareira. Todos notaram, mas ainda assim, não comentaram nada alem disso, e eu acompanhei de volta para dentro, não me preocupando em limpar os rastros de poeira em minhas roupas.

— Estamos voltando á Velaris para lidarmos com o encaminhamento das cartas aos Grãos Senhores. — Rhysand diz com um suspiro cansado. 

— Todos nós? — Azriel questiona enquanto cruza os braços olhando seu senhor.

— Vocês ficam, continuam supervisionando as tropas de Devlon, assim que a reunião for realmente marcada, os convocarei a Velaris novamente para detalharmos a ação. — Rhysand diz e então olha para mim por um momento. — Tudo bem para você?

Respiro fundo antes de acenar com a cabeça.

— Ótimo.

***

Poucas horas haviam se passado desde que todos os outros deixaram a cabana de volta a Velaris, e eu ainda esperava que a cartas de Rhysand aos outros Grãos Senhores fosse convincente o bastante para que eles viessem a reunião. Eu tinha plena intenção de mostrar a verdade a eles, mostrar minha cicatrizes e as feridas que o herdeiro de Hybern traria se eles permitissem que Ykner se levantasse contra estas terras. E mesmo que as feridas fossem abertas para desconhecidos, valeria a pena se fosse garantir ajuda contra essa porcaria de guerra eminente.

Azriel havia se retirado para algumas últimas palavras com Rhysand e Cassian, e não havia voltado até então, talvez, tendo ordens sobre algo com lorde de guerra Illyriano do acampamento.

Ergo-me da cadeira posta a mesa, e começo a preparar alguma coisa para comer. Eu havia pensado muito a esse respeito. Quase havíamos morrido, eu quase o havia matado.. não, eu o havia matado e de alguma maneira absurda havia conseguido trazê-lo de volta... Azriel havia me possuído, e... o que nós tínhamos não era oficial segundo suas tradições, mesmo que ele já houvesse me marcado, que seu cheiro estivesse em mim. Eles respeitavam suas tradições, e eu respeitaria por ele. Foi com esse pensamento que eu comecei a fazer o ensopado... disposta a dar para ele o que havia entregado para mim. Disposta a firmar esse acordo, mesmo que eu já obtenha aceitado muito antes. A comida estava pronta quando ele entrou novamente na cabana. Eu o aguardava na cozinha, um prato posto com a caça e legumes e uma colher ao lado na cadeira a frente, enquanto eu permaneço de pé, apoiada na pia de braços cruzados, mordendo dolorosamente o interior do lábio.

Azriel estancou os passos assim que entrou na cozinha, seus olhos dourados de mel derretido desviando de mim para o prato com a comida e novamente para mim algumas vezes, com um brilho estranho que atingiu um ponto específico entre as minhas pernas. Ele deu mais alguns passos para dentro do espaço, passando pela mesa, parando entre mim e o lugar onde o prato estava posto.

— Você sabe o que isso significa, não é? — ele questiona, a voz num conotação mais profunda e rouca. Com um sentimento preso nelas. Sorrio de lado, quando o encaro de volta.

— Não é como se eu estivesse te pedindo em casamento, encantador de sombras. — digo e vejo seus olhos cerrarem para mim, um lampejo primal brilhando em meio ao dourado.

— Não, não é. — ele diz, a voz soando baixa e atingindo seu ponto novamente num arrepio lento pela minha barriga. Ele ergue uma mão, os nós dos dedos acariciando minha bochecha, o polegar puxando meu lábio inferior com um pouco de pressão. Inspiro profundamente com o toque. — É mais que isso. Isso, é quase como se realmente estivéssemos nos casando, porque se você me oferecer essa comida, significa que você é minha, e que me aceitou como seu.

Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now