Príncipe das Sombras

CAPÍTULO 69

Alvo nas minhas costas
Único sobrevivente
Eles me têm em suas miras
(feel invincible -skillet)

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Ela ouviu a sua risada soar ao seu redor quando ele desapareceu dentro da própria escuridão, e sentiu o eco bater contra seu interior da mesma forma como soou ao redor do salão. A dor em suas costas veio junto com um ataque imprevisto, ela havia se esquecido de quem ele era afinal.. ergueu os braços, as lâminas illyrianas empunhadas em suas mãos, ela girou quando ele avançou novamente..

Estranhamente, era como se houvesse esquecido sobre como deveria ser lutar contra ele num duelo. Não era como lutar contra Cassian, mesmo com a brutalidade mortal do macho ou como treinou contra Azriel no acampamento mesmo com ele não lhe favorecendo... Isso não é um treino... Era real, e ele a mataria. Ela se recordou quando as garras negras passou a centímetros de seu rosto antes que pudesse desviar do ataque rápido o suficiente para que não fosse atingida, erguendo a mão direita com a espada em punho, na tentativa de acertar contra seu estômago.

Ela podia ver a sombra do sorriso maldoso contra os lábios do macho quando ele desceu a mão em garras , interceptando o golpe, seu pulso entre o aperto forte que a fez trincar os dentes para a dor lacerante.

Ela realmente achou que seria tão fácil? Ele pensou, verdadeiramente decepcionado pelas intenções dela.

— Vamos princesa... Eu lhe ensinei melhor que isso. — ele zomba, o ruído maligno do sorriso em sua voz vibrando ao redor do salão de marfim, indo ressoar dentro dela com um arrepio de mal pressentimento, fazendo todo o seu corpo entrar em alerta, esperando a próxima ação que veio em seguida quando ele esperou as garras ainda mais forte contra os dedos.

Callyen sentiu quando a pele, músculos e ossos reclamaram sob o aperto, e mesmo assim ela se recusou a gritar contra a dor, se recusou a dar-lhe esse reconhecimento, enquanto ela procurava por uma falha em sua posição, encontrando o mínimo espaço onde ela agachou, dobrando uma das pernas e deixando a outra esticada entre as pernas abertas do macho, puxando a rasteira para fora, levando-o ao chão. Ela sabia sobre as grandes chances dele levá-la junto com a queda, o que realmente aconteceu quando ele desceu sobre as costas no chão, o baque doloroso e barulhento quando ambos caíram. Callyen armou a outra a lâmina em punho, direcionando-a contra o corpo do macho, a ponta semi curvada da espada pronta a acertar o centro do seu peito.

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Os pares de olhos se estreitaram minimamente em direção ao macho de cabelo vermelho tal como as chamas que brilharam no interior de seu olhar, um desafio.. Azriel sabia que, infelizmente, o desgraçado da Outunal estava certo.. eles estavam perdendo tempo em uma batalha interna que não os levariam a nada além da certeza de que ela estava cada vez mais próxima do perigo.

Ele trincou os dentes para essa certeza, e desfez a parede maciça de sombras ao redor, encontrando a cena distorcida dos outros, os rostos iam de surpresos a estupefados para a até então integridade física de Eris. Morrigan pareceu tão surpresa quanto, apesar do suspiro de alívio ter sido captado pelo macho ruivo, ele não lhe conteve um sorriso de canto entretanto quando passou alguns passos pelo centro da barraca em direção onde Helion mantinha um sorriso debochado e uma taça de vinho nas mãos... O desgraçado se quer se preocupou em ajudá-lo.. era de se esperar. Eris inspirou uma vez, ajeitando as mangas da armadura vermelha de couro, voltando o olhar avermelhado ao redor antes de focar no mestre espião novamente.

— E então... espero que você tenha um plano..

Azriel piscou algumas vezes, a mandíbula travada tão forte que seus ouvidos zumbiram com o ruído.. pensar. Ele precisava pensar em um plano tático, mas para isso ele precisava saber onde ela estava indo..