CAPÍTULO 40

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AZRIEL
🦇

Um anjo. Meu anjo.

As asas deles, de penas perfeitamente bancas estavam abertas, enquanto eu mantinha as minhas um pouco fechadas ao mesmo tempo empurrava para dentro de seu corpo, permitindo que ela mantivesse o toque na extensão de minhas asas.

Eu ainda não havia tomado tudo o que queria dela. Ainda tinha fome dela, e acredito, que essa sensação nunca diminuiria. Eu não queria. E eu me sentia um bastardo sortudo por finalmente ter algo parecido com isso.

— Houve um momento, por um minuto, que eu vi isso uma vez quando toquei você... — ela diz, olhando por baixo dos cílios pesados, quando uma fina camada de suor cobria seu corpo, e o meu. — Eu senti seu toque, um puxão forte contra os escudos na minha cabeça, a sensação de querer, e estar feliz quando tudo ao meu redor estava desmoronando. Eu devia ter desconfiado, em algum momento.

Suspirei, eu sabia exatamente sobre o que ela estava falando, eu havia sentido o mesmo. De todas as vezes que eu a havia tocado, seu cheiro vinha junto as imagens, e eu me sentia duro todas as vezes, lutando para não deixar que ela me afetasse tanto.

— Sabe quando eu comecei a aceitar isso? Verdadeiramente, mesmo que eu já tivesse visto a existência do laço? — questiono, e a vejo sacudindo a cabeça. — Quando Cassian disse-me que eu não eu admitiria o laço mesmo que você me batesse, e que, se eu fosse burro o bastante para fazer o que tinha de ser feito, ele não veria problemas em fazer isso por mim. Eu o espanquei aquela noite.

A fêmea ri, o som cristalino ecoa através do espaço do quarto, batendo contra as sombras que cercavam o lugar.

— E ele estava certo?

— Eu via, só não queria admitir que você estava fazendo seu caminho por baixo dos meus sentimentos tão facilmente. Você estava me confundindo, e eu achei que.. a confusão era por causa do laço de parceria e não porque eu realmente estava gostando de você. E quando parei para imaginar, não queria que você gostasse de mim por conta de um laço..

Eu disse sinceramente a respeito disso. Houve um momento, ao qual eu havia começado a aceitar as circunstâncias a muito tempo antes. E, eu pensei, realmente que ela pudesse se sentir na obrigação de me aceitar apenas por conta de um laço do destino.

— Eu quase implorei para que você me beijasse em seu quarto, Azriel. — ela disse e eu me recordo disso.

— Eu me recordo que você estava bêbada esse dia...

— Não tanto para colocar a culpa no vinho... Eu desejei aquele beijo tão conscientemente quanto desejo agora. — o olhar que a fêmea me lança, demonstra o que realmente ela quis dizer.

Passo a ponta do nariz pela pele de sua mandíbula, descendo pelo pescoço e plantando um beijo em sua garganta. Ela geme, e então ri quando ouço seu estômago roncar, lembrando-nos de que passamos a noite nesse cômodo, sem que realmente nós alimentassemos.

— Eu devo alimentar você agora? — ela pergunta e eu fico estático por um momento enquanto a observo. — O que foi?

— Você sabe o que isso significa? — questiono e vejo confusão transpassar em seu rosto.

— Eu deveria saber?

— Oferecer alimento para o parceiro tem... um grande impacto, é um momento especial, porque significa que a fêmea aceitou seu parceiro, aceitou o laço definitivamente... Antigamente era preparada uma festa apenas que a fêmea alimentasse seu parceiro e confimar o que eles eram, parceiros, e que ela o havia aceitado. — explico até que ela absorva o sentido das palavras, e pela forma como ela pisca algumas vezes quando entende o significado de sua oferta.

Príncipe das SombrasKde žijí příběhy. Začni objevovat