CAPÍTULO 31

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CALLYEN

Eu havia sentando na entrada da caverna. As palavras ainda piscavam em minha mente e eu ainda absorvia o poder que ela representava, o laço eterno que ela infligia. E eu ainda não conseguia acreditar. Eu ainda não conseguia... assimilar a verdade.

Era estranho, porque pensando bem, eu até entendia que já estava ali e eu estava preocupada demais comigo mesma — e com todo o resto do território de Prythian — para assimilar os detalhes que a porcaria do Universo estava mandando. Eu ainda não estava. E pelo visto, nem o mestre espião. Suspiro, decidindo que esse ponto no momento não era o.mais importante com o qual eu deveria me preocupar, e sim ele estava ferido, envenenado, e que deveríamos já ter alcançado o acampamento deles. Os efeitos do veneno já haviam diminuído, e a minha magia já estava parcialmente recuperada. Mas não o bastante para que eu pudesse atravessar até o local.

Sim, eu me lembrei. Dos poderes que Ykner me deu, que ele lapidou dentro e fora de mim, e eu me recordei em como usá-los. Entro no interior da caverna e me abaixo para observar o estado de Azriel. Eu o havia acomodado o mais confortável possível ao pé da parede. Ele havia parado de tremer, a febre havia baixado e os delírios também. Por um momento me questiono se o que eu vi na sua mente não fosse fruto de seus delírios, induzidos pela ação do veneno, mas rapidamente descarto essa possibilidade. Não seria possível a porcaria de um veneno induzir um laço de parceria, droga!

Suspiro enquanto eu me sento ao lado, em posição de meditação. Era uma das coisas que eu gostava de fazer para manter a sanidade no lugar, além de facilitar no controle aos meus poderes, eu me sentia mais calma. Deixo as palmas viradas para cima e me concentro em minha respiração, deixando-a fluir lentamente.

“Eu estava de volta

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“Eu estava de volta. A terra Vermelha era vista por toda extensão abaixo do telhado do castelo, e o piso, onde agora eu estava sentada, era tão branco quando osso. Abro meus olhos, e me arrependo, o calafrio percorreu diretamente através da minha espinha, quando eu o encontro de pé na minha frente. Eu tento voltar, mas há algo, uma força maior que me impede.

— Olá, Cally querida.

Sinto minha pele arder enquanto eu tento me mover, mas sinto como se cordas me prendessem no lugar, apertando cada vez mais quando eu tento me soltar. O filho da mãe estava de pé, bem na minha frente, a roupa negra com um sobretudo de couro e tecido grosso também negro. Os cabelos maiores que a última vez que o vi, os olhos completamente negros em minha direção, a sombrancelha esquerda erguida, deixando ainda mais aparente a cicatriz que recebera do pai. O maldito sorriso, estava estampado no seu rosto.

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