CAPÍTULO 42

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EM ALGUM LUGAR DE HYBERN...
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Ykner despejou sua fúria em alguns de seus lacaios depois de que saiu da torre de Ília, agora, suas mãos estavam manchadas de sangue e ainda mais sangue manchava o chão com os corpos espalhados pelo terreno abaixo. Ele havia matado a todos sem que pudessem ao menos se defender, e quem seria tolo de tentar lutar contra, quando todo e qualquer sentido lhe fora retirado completamente?

Agora, sua cadela real estava tentando dissuadi-lo a se deitar sobre seu corpo, mas o ódio que emanava de Ykner não era algo que acalmaria - se é que poderia - com o corpo de Callena. Ele a dispensou sem ao menos toca-la, para o desgosto da fêmea.

Ele passou diretamente ao salão do trono, onde sentou-se sobre o trono esbranquiçado que parecia ter sido Entalhador diretamente de ossos dos inimigos de seu pai e de seu reino, sem nem ao menos se incomodar em limpar o sangue que manchava as mãos e as roupas.

— Você não irá buscá-la? — Ykner ouve um de seus inquisidores da Legião Vermelha questiona-lo. Ele apenas desceu o olhar para onde Yvanik estava, sentado em um dos degraus com uma coxa assada de alguma de suas caça.

— Ela vira até mim. — ele grunhiu de volta. Revirando os olhos para o outro macho quando o mesmo lançou a carne em direção aos cães presos a corrente de azulada que os mantinham presos no canto de uma das paredes. As bestas se deglediaram para alcançar a pouca comida, sob o olhar divertido e sádico de Yvanik.

— Ela não veio até agora, como pode ter tanta certeza que ela virá? — Yvanik questiona erguendo-se para encarar de volta.

Ykner o encara, os olhos escurecendo um tom sombrio a mais quando ele o olhou.

— Não estou com humor para você hoje Yvanik. E ainda sou seu Senhor, então... não provoque mais a minha irá do que o limite que ela já está. — o macho rosna enquanto outro sente o peso da espada que está em seu pescoço com o poder que emana dentro do grande salão. É como se a própria montanha tremesse.

— O que quero dizer meu Príncipe, é que a fuga de Callyen está atrasando nossos planos. Seus colaboradores no mundo Mortal não estão satisfeitos com a falta de avanços, e outros ao Norte tão pouco. A perda de nossa principal arma foi um tanto... inesperada.

— Preciso reunir a quantidade de poder puro para acionar a runa de rastreio novamente, principalmente agora.

— Algo de errado com as runas meu senhor? — Yvanik questiona, olhando um pouco mais incisivo.

Será que seu Senhor estava escondendo algo de suma importância, mas não era burro o bastante para deixar transparecer. Ou talvez fosse tarde quando ele sentiu a força se fechando ao redor de sua garganta, suprimindo sua respiração, ao mesmo tempo que sua órgãos pareciam arder em chamas em seu corpo. Não se via cor nos olhos de Ykner, o negro tomava conta de tudo, e o macho se quer moveu um dedo para colocar o outro em tamanha agonia. Sangue negro escorria do canto dos olhos de Yvanik quando Ykner resolveu afrouxar o aperto de poder.

— Informe aos senhores de guerra ao norte para reunir suas forças. Irei ativar Callyen o quanto antes e quero ao menos a ajuda deles para que possamos destruir os que estão com ela.

Yvanik se quer relutou em sair do salão do trono antes de atravessar ao norte. Ykner estalou os dedos, fazendo todo o sangue seco desaparecer de suas mãos e vestimentas quando se levantou novamente, caminhando para o ao alto da torre para encontrar o Oráculo. Ele não perderia mais tempo, Callyen já havia encontrado o maldito parceiro, Ykner não correria o risco de perder mais algum fio de seu controle sobre ela, não quando ele fizera de tudo para poder tê-la.

Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now