- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld
"Azriel sempre se considerou um bastardo, não merecedor de ninguém, um ser sem luz... Principalmente devido as sombras que sempre o acompanhavam, sussurrando em seus ouvidos a verdade sobre to...
Se eu tivesse um coração de diamante (oh oh) Eu te daria todo meu amor se eu fosse inquebrável Se eu tivesse um coração de diamante (oh oh) Você poderia atirar em mim com uma arma de ouro Se eu fosse inquebrável (diamond heart - Alan Walker)
Ouçam a musiquinha!
CALLYEN ✨
Forço meu corpo a manter-nos de pé enquanto arrasto ambos até o pé da montanha, até que consigo entrar na base da caverna.
Pelo mapa mental que Azriel me passou, ele conhecia bem essas terras, e aparentemente, o local era seguro, e eu também duvidava que haveria outra emboscada dos soldados de Ykner. Recordei-me, antes de sair de perto dos soldados mortos, de pegar um dos dardos de veneno e colocar junto a um dos bolsos.
Entrei na base da caverna, colocando o corpo de Azriel desacordado apoiado numa das paredes e xingo quando caio ao seu lado, sentindo a porcaria da exaustão tomar conta de mim, bem como a dor que se alastrava pelo meu ombro e braço de os dardos envenenados me atingiram.
O veneno em si, não era igualmente mortal como o outro usado especialmente por Callena e Valissa, esse em especial atacava o sistema nervoso, causando alucinações, além é claro de muita dor. Era particularmente utilizado nas sessões de tortura que a Inquisidora fazia, afim de induzir alucinações e psicoses às vítimas para que elas falassem. Felizmente, ou nem tanto dependendo do ponto de vista, os testes do veneno em minha corrente sanguínea me deram uma tolerância maior a eles, ainda assim eu sentia seu efeito. Minha preocupação maior era com o mestre espião, que tremia e suava no chão ao meu lado, as sombras se movendo inqueitas ao seu redor quase como um escudo protetor.
Precisava nos esquentar, mas eu não correria o risco de acender uma fogueira e chamar atenção seja do que possa rondar por essas bandas, ou também de algum outro soldado que possa eventualmente aparecer, mesmo que eu duvidasse. Suspiro, enquanto eu sento da base da pedra gélida, e puxo o corpo para colocá-lo sobre meu colo, tomando cuidado com as asas afim de não machuca-lo mais do que já estava. As sombras parecem se acalmar com a proximidade, mas os tremores que assolavam seu corpo não.
Amaldiçoo por não poder nada além do que faz, os efeitos do veneno eventualmente passariam, devido a transferência de magia, mais rapidamente que o normal, e nesse momento, só me restava aguardar.
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"Escuridão. Era tudo o que eu conseguia ver dentro do espaço minúsculo, eu sabia que havia uma cama encostada em um dos cantos, uma escrivaninha com uma cadeira, uma cômoda velha eram os únicos móveis do lugar. Eu sei que no alto, bem no alto há uma janela, com barras de ferro e um gatilho para alavanca. Eu sabia disso porque era através dela que a luz do sol entrava uma hora por dia todos os dias ao meio dia. Como eu sabia que era o meio dia? Dedução, uma vez que era quando o sol estava a pino sobre o castelo de meu pai.
