CAPÍTULO 13

11.3K 1.2K 490
                                    

Vamos de capítulo na versão do fofo/sombrio/lindo do Az? Vocês gostam de capítulos divididos entre perspectivas ou preferem uma só? Me conta aí!

Vamos ao capítulo de hoje e espero que gostem. Não esqueçam os votos.

AZRIEL
🦇

O que ela estava fazendo comigo?

Eu estava confuso, e eu odiava me sentir dessa forma. Odiava, o fato de querer estar ao redor dela como se houvesse um ímã que me guiasse mesmo eu mantendo longe. A exemplo de quando ela, sorrateiramente, se esgueirou pelos corredores antes de amanhecer e eu me vi indo junto.

Quando chegou a beirada da saída da Casa do Vento, a fêmea simplesmente abriu as asas, brancas feito a mais pura neve e deixou que o vento soltasse as penas. Isso, as asas dela era algo que realmente me impressionava. Eu já tinha visto, óbvio, vários Sarafins. Lutado ao seu lado na grande guerra a mais de 500 anos antes e menos tempo contra aquele maldito de Hybern. E mesmo assim, a beleza das asas seráficas era algo que eu não me atava, até ver as dela. Quando a encontrei, ensanguentadas e ângulos que definitivamente não deveriam estar, e depois, quando a curandeira de Rhys as colocou no lugar... Agora, eu via. De alguma forma, sua Manipulação conseguia esconder o par da mesma forma que o poder de Rhysand escondia as dele quando o mesmo assim desejasse.

A menina fechou-as novamente as costas, lançando-se em queda livre pelo parapeito em direção ao breu do precipício abaixo. E eu fui atrás dela. Porque em nome da Mãe, eu fui atrás dela?!

E agora, aqui estava eu, lançando lâminas contra a espada desembainhada de Cassian com tamanha frustração. O brutamontes a minha frente zombava de mim, mas eu estava, infelizmente, com a cabeça em outro lugar. E eu nunca estive dessa forma. Nem mesmo com ela, nem mesmo das outras vezes.

- Concentre-se, irmão. - Cassian diz quando lança a espada em minha direção e eu desvio, mas não rápido o suficiente para evitar seu cotovelo contra meu rosto.

Giro ambas as espadas em minhas mãos, e recuo. Cassian vem em minha direção, girando acima de mim com as espadas, ao tempo que eu abaixo e giro, as lâminas passando a poucos centímetros da pele exposta. Ele entretanto, lança a outra as costas quase atingindo meu braço. Levanto imediatamente, ao mesmo tempo que ele gira e tira uma das minhas espadas, com a outra eu puxo a dele e a lanço longe; preparando para devolver o soco que levei.

- Vamos irmão, eu sei que está frustrado... Mas lute comigo direito!

- Cala a boca, Cassian. - rosno em sua direção, avançando por baixo e lhe desferindo um chute.

Eu aí da não conseguia entender como ela conseguirá se embrenhar profundamente em meus pensamentos em tão pouco tempo. E como se não bastasse, Morringan estava questionando novamente. Em todos os seus sentidos destrutivos.

- O que está acontecendo com você, irmão?

Cassian questiona e eu o ignoro sob o olhar de Rhysand ao meu lado. E quando eu abro a boca para mandá-lo se calar ela aparece. As asas abertas atrás de si, impondo-se a sua presença em nosso meio sem ser solicitada. Algo que percebi, ela fazia muito disso.

Callyen caminha em direção as outras fêmeas e as sombras sussurram em meus ouvidos novamente, enquanto eu observo atentamente a cena, bem como Rhysand e Cassian. Nestha se ergue para a frente de Elain quando ela se aproxima, numa postura protetora, pronta a destrocar qualquer um que ousasse tocar em sua irmã. Eu não gostava de Nestha, e ela tampouco demonstrava que gostava de ninguém além de Elain, mas admirava o fato de saber que ela mataria e se matar mataria para proteger a pequena. Morringan entretanto, apenas ignora a presença de Callyen, quando a mesma se aproxima das outras, a atenção unicamente voltada em Amren.

Príncipe das SombrasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora