- Arte da capa feita como um presente por @brekkerworld
"Azriel sempre se considerou um bastardo, não merecedor de ninguém, um ser sem luz... Principalmente devido as sombras que sempre o acompanhavam, sussurrando em seus ouvidos a verdade sobre to...
Recadinho aqui hoje, apenas pra avisar: preparem o coração. Não me matem. Eu amo vocês, e você vão amar o capítulo. E só.
CALLYEN ✨
Meu estômago agradeceu fortemente pelo alimento e eu também. Nem mesmo os olhares furtivos que eu recebia em determinados momentos, a exemplo de quando eu segurava uma faca, diminuíram meu apetite, e para falar a verdade, eu também me sentiria meio insegura em relação a alguém que fora praticamente criada nas linhas inimigas e que confessou ser uma assassina criada. Então eu não julgaria. Mas ainda assim, eu não deixava de me sentir incomodada com os olhares furtivos de Morrigan para mim, ou a análise crua do unico olho dourado do macho de cabelos vermelhos. Aquele único olho, que eu sabia ter sido roubado por Amarantha apenas por ele ter dito as palavras erradas na hora errada... Aquele único olho de ouro, eu sabia que era possível que ele veja mais que qualquer um aqui, mesmo que ele ainda não soubesse usar isso a seu favor. Ou sabia, e mesmo assim, não usava.
Percebendo que eu devolvia o olhar, ele apenas me direcionou um sorriso enigmático - ao qual eu prontamente retribuí, - antes de desviar os olhos para sua própria comida.
Não pude deixar de me perguntar o que ele vira.
Ao meu lado, ao qual estranhamente ele veio se sentar, e não como de costume próximo a Morrigan, Azriel endireitou a postura minimamente, mas um mínimo que eu percebi e quase todos a mesa, vez que os olhares dispararam em sua direção. Com um movimento de mãos, da mesma forma que as bandejas e pratos apareceram, elas sumiram da mesa, restando apenas as taças com vinho feérico.
Alcanço uma taça e observo o líquido vermelho forte, sorvendo o cheiro doce e cítrico. Recordo que eu nunca tinha bebido vinho, nem nos jantares nos salões de meu pai, ou depois...
- Experimente. - a voz de Cassian soou e eu percebi que estava encarando demais a taça em minha mão.
Respiro novamente o aroma bom do vinho e tomo um gole. O líquido desce frio por minha garganta e se acenta com um calor estranho em meu estômago, esquentando também meu corpo. Foi uma sensação tão boa que eu soltei um risinho baixo, tomando mais um gole longo da coisa.
- Essa é das minhas. - Ouço Cassian dizer levantando sua taça e sorvendo o vinho num único gole, servindo-se de mais e me ofereceu, ao qual eu aceitei, mesmo sabendo que eu não deveria.
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AZRIEL 🦇
Dava para perceber a felicidade no rosto da fêmea depois da segunda taça de vinho que ela havia tomado, e também que o álcool estava fazendo seu caminho para embebeda-la.
— Você é nojento, Cassian. — Mor diz depois de um comentário que Cassian faz a respeito de seus dotes masculinos na cama.
— Você nunca reclamou, Mor. — ouço Cassian dizer e a fêmea ao meu lado rompe numa risada. Imediatamente, o som se faz cristalino em meus ouvidos, me atingindo de uma forma estranhamente familiar.
