𝟎𝟏 | 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐀𝐑 𝐎 𝐐𝐔𝐄̂?

35.7K 2K 1K
                                    

SENTO NO SOFÁ QUASE QUE ME AFUNDANDO DENTRO DELE para que todo aquele conforto me consuma

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

SENTO NO SOFÁ QUASE QUE ME AFUNDANDO DENTRO DELE para que todo aquele conforto me consuma. Estou tão exausta que não vou demorar muito pra pegar no sono. Hoje é um daqueles dias que você deita no sofá e dorme com a tv ligada.

Pego o controle da televisão na mesinha de centro, coloco no HBO Max e em seguida clico na minha série favorita do momento a fim de assistir o episódio de domingo que eu ainda não tive tempo de ver.

Estou enrolando o macarrão no garfo, girando aquele talher como se eu pudesse enfiar toda a massa na minha boca de uma vez só, quem sabe assim mata a minha fome sem precisar de várias garfadas até o fim, quando de repente um homem moreno escancara a porta do meu apartamento como se estivesse na sua própria casa e me diz com a maior naturalidade do mundo:

— Isso é hora de estar jantando, Luana!? — meu irmão coloca as mãos na cintura enquanto me encara, mantendo a porta aberta. — É quase uma hora da manhã, porra.

— Quem te deu a chave da minha casa?

— Você, sua idiota!

Gustavo caminha até mim, finalmente fechando a porta do apartamento e, então, roubando o prato da minha mão.

— Ei! — faço questão de enfiar o garfo na boca antes que o molho caia e manche o meu sofá branco que nem terminei de pagar. — Essa comida é minha — digo com a boca cheia.

— Não é mais! — ele bufa colocando meu prato na mesinha e cruzando os braços. — Por que diabos você está jantando agora?

— Porque eu não sou vagabunda e pra pagar esse apartamento eu preciso trabalhar — bufo, aproveitando o restante de molho daquele garfo, lambendo-o. — Infelizmente, ser irmã de jogador ainda não me deixou rica.

— Larga mão de ser dramática, Lu. Você nem tem emprego fixo pra ter que trabalhar até tarde.

— Aí — levo a mão ao peito, dramatizando uma cena em que suas palavras machucaram meu coração. — Essa doeu.

— 'Tô mentindo?

— Saiba, senhor Gustavo Scarpa, que eu só estou desempregada porque estou investindo na minha carreira de cantora.

— Futura cantora — ele me corrige em tom de deboche.

— Vai se foder! — reviro os olhos, esticando o corpo pra pegar o prato na mesinha, mas meu irmão logo o empurra pra longe. — Dá pra me devolver o macarrão se não vai comer? Estou faminta e não quer ter que esquentar de novo.

— Quando você não está?

— O que você quer? — vou direto ao ponto. — Agora é uma hora da manhã, não é hora de invadir a minha casa. Aliás, como sabia que eu estava acordada?

— Eu moro na torre da frente, Lu, eu vi a luz acesa.

— Ok. E, então? Só decidiu me encher o saco? Ou melhor, me matar de fome? — cruzo os braços e faço uma careta de birra.

HOTEL CARO ━ gabigolWhere stories live. Discover now