━━━━━ ❝'Cê vai ligar fingindo que não
aconteceu nada.❞
𝐋𝐔𝐀𝐍𝐍𝐀 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐏𝐀 é a irmã mais nova do Gustavo Scarpa, o meio-campista do Palmeiras, e é a garota mais azarada de todo o universo, daquelas que não consegue...
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CANCELEI COM TODOS OS CARAS. ONTEM ANTES DE IR PRA BOATE, MARQUEI PARA que eles viessem aqui em casa hojee comemorassem junto comigo caso meu nome fosse dito pelo técnico da seleção brasileira.
Mas eu não esperava pelo que fosse acontecer. E agora não posso encher minha casa de gente. Não com uma mulher doente no meu quarto. E muito menos quando essa mulher é irmã de jogador, do rival ainda por cima, e pode me causar muito mais problemas do que eu já tenho.
O melhor que eu faço agora é cancelar com os caras e comemorar só com a minha família, se eu for chamado. O Tite não é um dos meus maiores fãs e ainda há a probabilidade de ele não me chamar, mesmo com a carreira incrível que estou tendo.
Se eu for convocado, irei comemorar com minha família. Pessoas que eu realmente confio.
Já está de bom tamanho.
— E aí? — chama Matheuzinho quando estou passando pela sala em direção a cozinha, mas parando no meio caminho para falar com ele. — Sua mina 'tá de boa?
Assinto com a cabeça como resposta e guardo o celular no bolso.
— Se você quiser que eu vá embora, eu vou, mano. Assim eu não pioro as coisas entre vocês — ele já está se levantando para fazer o que diz, mas eu o impeço erguendo uma mão para que continue sentado, para que fique bem acomodado na porra do meu sofá.
— Fica aí, cara. E liga a TV, 'tá quase dando uma hora.
— Tem certeza? Eu não quero problemas, cara. Depois de ontem, sabe? — meu amigo coça a cabeça, fazendo uma careta e provando o quanto está sem jeito com o assunto. Se eu tivesse pegado o interesse romântico de um amigo meu, eu também me sentiria assim. — Eu não fazia ideia que ela era a tal da palmeirense. Mundo pequeno do caralho.
— Relaxa, mano — peço a ele, sorrindo com os lábios pressionados. Esse assunto me deixa sem jeito também. Isso porque é estranho demais pensar que Matheuzinho beijou a boca da Luanna. Não sei se tenho vontade de estrangulá-lo ou de socar a cara dele. — 'Tá de boa.
De boa não seria o termo certo.
Eu 'tô puto.
Mas tenho que ser racional aqui.
Matheuzinho não pegaria a Luanna se soubesse que ela tem um rolo comigo, isso é óbvio. Então não tem porquê ficar bravo com ele e descontar toda minha frustração no coitado que está quase me pedindo perdão de joelhos. Aconteceu o inesperado e eu tenho que lidar sem surtar. Principalmente quando temos outro problema no dia: uma mulher de ressaca.
— Onde você vai? — pergunta Dhiovanna que está sentada ao lado de Matheuzinho, mas que estava com a atenção fixa em seu celular até então.
— Vou na cozinha — informo. — Vou fazer um lanche pra Luanna.
