𝟐𝟎 | 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄𝐍𝐃𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎

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TEM ALGUÉM BATENDO NA MINHA CABEÇA

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TEM ALGUÉM BATENDO NA MINHA CABEÇA. E com um martelo daqueles bem grande e de ferro. Sinto que minha cabeça está a um dedo de explodir. A dor é tão forte que me obriga a fechar os olhos assim que eu os abro.

Ai, Jesus. Que ressaca do cacete.

Forço meus olhos a se abrirem de novo e assim que ganham foco percebo que estou num lugar totalmente diferente e desconhecido.

Era um quarto enorme e bonito pra caralho. Muito branco e bem decorado. A pessoa que dorme aqui tem muito dinheiro.

Pessoa que dorme aqui?

Puta que pariu, quem dorme aqui?

E é então que começo a raciocinar.

Puta merda de quem é esse quarto? Onde é que eu estou?

Tenho um déjà-vu bizarro pra caralho que imediatamente me obriga a sentar sobre a cama a fim de processar o que está acontecendo e onde estou. E assim que faço tal movimento, sinto uma pontada tão forte na minha cabeça que minha visão escurece e eu solto um gemido de dor.

— Ei, 'cê 'tá bem? — pergunta alguém, que eu reconheço muito bem a voz, saindo não sei da onde e ficando ao meu lado.

Suas mãos tocam em meus braços com delicadeza.

Abro os olhos torturantemente devagar e vejo a expressão preocupada no rosto do Gabriel. Suspiro já sabendo que eu fiz uma grandíssima merda.

— Não me fala que a gente transou de novo?

Isso não pode ter acontecido outra vez. O álcool não pode me sabotar sempre. Ele tem que ser meu amigo.

Graças a Deus. Gabriel nega com a cabeça, mantendo sua expressão séria e as mãos em meus braços.

— Você está bem? — ele repete a pergunta, não fazendo brincadeirinhas e nem nada do tipo. Mesmo que eu tenha usado uma frase que contenha sexo. Gabriel está realmente sério.

O que claramente me faz estranhar. Eu conheço Gabriel Barbosa bem o suficiente para saber que ele não está normal. Tudo que ele menos é no mundo é sério. Principalmente quando pode me zoar com frases cheias de segunda intenção.

E é então que me lembro do que aconteceu na noite de ontem. Não como eu suspeitava em princípio. Mas algo pior. Algo pelo qual explica o motivo dele estar sério e um tanto bravo.

Porra, eu beijei o Matheuzinho ontem e depois...

Nossa, eu não me lembro o que aconteceu depois. Há um grande vazio na minha mente como se eu tivesse dormido durante esse tempo.

— 'Tô com dor — digo, tirando a mão da cabeça e melhorando careta. — Mas 'tô bem.

— Fica deitada — ele pede, me ajudando a fazer tal coisa. — Vou pegar um remédio pra você.

HOTEL CARO ━ gabigolWhere stories live. Discover now