━━━━━ ❝'Cê vai ligar fingindo que não
aconteceu nada.❞
𝐋𝐔𝐀𝐍𝐍𝐀 𝐒𝐂𝐀𝐑𝐏𝐀 é a irmã mais nova do Gustavo Scarpa, o meio-campista do Palmeiras, e é a garota mais azarada de todo o universo, daquelas que não consegue...
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— GABRIEL? — alguém me chama me despertando do sono mais tranquilo que eu tive nos últimos tempos. Afinal, depois do dia maravilhoso de ontem, que eu descobri o sexo dos meus bebês e me tornei o homem mais feliz do mundo, nada é capaz de acabar com essa minha felicidade. — Gabriel, acorda!
Abro os olhos devagar, voltando ao mundo real. Mas nem me dando ao luxo de ficar meio dormindo e meio acordado como costumo fazer, quando percebo a mulher sentada ao meu lado.
Me assusto por ela já estar acordada e sua postura me preocupa ainda mais.
Luanna está me chamando, apertando minha coxa. Sua coluna está torta e inclinada pra frente. Ela está tocando na própria barriga também, mas de uma forma que me assusta tanto que eu rapidamente me sento sobre a cama.
Percebo que ela está com dor por sua expressão franzida e contorcida e o suor escorrendo por sua têmpora.
— O que foi? — pergunto, totalmente possuído pelo susto. — Luanna, o que foi?
— Tem... — ela geme, fechando os olhos e mordendo os lábios. Seu aperto em minha coxa fica mais intenso. — Tem algo de errado.
— Por que? — Meus olhos se arregalaram de medo. — Luanna, os bebês?
— Não — ela nega com a cabeça, tentando me dizer que está tudo bem com os bebês. — Algo de errado comigo. Estou enjoada... — Ela engole em seco tentando manter os olhos abertos para me encarar. — E com dor.
— Dor na barriga?
— Na cabeça... nuca. Não sei.
— Nuca? — Puta que pariu, por que na nuca? O que isso significa? — Por que?
— Não sei, mas eu preciso vomitar — ela se coloca em pé e eu rapidamente faço o mesmo, pegando um de seus braços e a segurando enquanto a levo até o banheiro do quarto.
Luanna se abaixa de frente para o vaso sanitário. Me ajoelho ao seu lado sem saber ao certo o que fazer. Meu coração está acelerado e eu estou com tanto medo que qualquer pessoa ajudaria mais do que eu.
Tiro o cabelo de seu rosto, colocando para trás enquanto ela faz força para vomitar, mas nada sai de dentro dela. Não sei se eu agradeço ou estranho o fato de ela não estar conseguindo vomitar.
— Porra — ela xinga, desistindo ao suspirar pois, pelo visto, nada vai sair dali de dentro. — Minha cabeça vai explodir e está tudo girando.
— Vou te levar ao médico.
— Não, temos que esperar um pouco primeiro — ela me impede.
— Porra de esperar... Luanna — tento manter a calma e a cabeça no lugar. — Você está passando mal.
