𝟔𝟔 | 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐀𝐒

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SUBO PARA A UTI NEONATAL sozinha pois Gabriel precisou ficar lá embaixo para resolver uns problemas com seu empresário, Fabinho

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SUBO PARA A UTI NEONATAL sozinha pois Gabriel precisou ficar lá embaixo para resolver uns problemas com seu empresário, Fabinho. Não fiquei para ouvir a conversa, mas eu sei muito bem o que estão conversando e o que irão resolver.

Isso me inclui pois vão falar sobre o que fizeram comigo naquele jogo, que causou o parto prematuro dos meus bebês.

Eu sei muito bem que foi uma coisa bem séria. Que envolve polícia e investigação. É óbvio. Não foi um simples acidente. Aquilo foi programado, planejado. E eu tenho certeza que a faca que atingiu o meu braço, na verdade era para atingir outro lugar.

Eu sei que existem fãs malucos. A torcida organizada às vezes passa dos limites com cobranças, protestos e reclamações. Tenho noção disso só em ver a torcida organizada do meu próprio time. A Mancha não perde tempo em protestar mesmo que o time esteja numa boa fase. É necessário apenas uma derrota para que tudo se desequilibre e as cobranças comecem.

Mas uma coisa é protestar a favor do time.

Outra coisa é planejar um atentado contra a mulher grávida de um dos caras com a justificativa de que ela o atrasa. Que eu, no caso, estou fazendo com que o desempenho do Gabriel não seja o mesmo de antes. O mesmo de quando ganhou os títulos atrás de títulos. O desempenho fantástico de antes de me conhecer.

Porra, não é assim que as coisas funcionam.

Por causa do fanatismo das pessoas, hoje meus bebês estão na UTI por terem nascido antes da hora. Porque existem pessoas que confundem futebol de vida real, hoje, eu tenho que enfrentar as consequências. E se... as coisas saírem ainda mais do controle, eu vou me intrometer, sim, e vou proteger a minha família.

Posso ter deixado Gabriel lá embaixo para que converse sozinho com seu empresário.

Não significa que eu vou fugir dessa luta.

Não significa que vou me esconder em casa.

Meus filhos serão livres e terão total segurança para viverem. Nada e nem ninguém os impedirá de viver.

Chego na UTI Neonatal depois de uma cansativa caminhada do elevador até aqui. Minha cabeça está tão a mil que eu só noto que estou cansada pela minha respiração ofegante ou o suor se acumulando em minha têmpora.

Entro ali com o coração ansioso e antes mesmo de ver meus filhos, vejo uma mulher em pé, olhando para eles. É uma morena de cabelos pretos alisados. Ela está segurando a mãozinha de Luna enquanto a bebê permanece deitadinha no berço. A mulher parece receosa, como se não tivesse coragem para segurar minha filha.

É Dhiovanna quem está ali, observando os sobrinhos enquanto lágrimas escorrem livremente por suas bochechas.

— Dhio? — chamo pela mesma a fazendo erguer a cabeça para me encarar. — Tudo bem?

HOTEL CARO ━ gabigolWhere stories live. Discover now