𝟏𝟔 | 𝐍𝐀̃𝐎 𝐒𝐄 𝐌𝐄𝐓𝐄 𝐍𝐀 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀

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16. NÃO SE METE NA MINHA VIDA

PARO DE FALAR ASSIM QUE VEJO E ESCUTO A PANCADA DO PUNHO DE VEIGA no olho do Gabriel. Tão forte que a cabeça dele despenca para o lado de seu ombro. Porém quando ele volta o olhar para seu agressor, sem se importar com a dor que deve estar assolando sua pele nesse momento e incha seu olho, um sorriso cruel está estampado em seu rosto.

Gabriel ri, mesmo após levar um soco, como se a atitude de Veiga fosse tão engraçada que nem lhe dá medo ou raiva, mas lhe traz humor.

Só que no momento que o vejo cerrar os punhos, pronto para revidar, e dar um passo para frente, tenho o vislumbre perfeito do caos que isso pode se tornar e não perco tempo em me intrometer.

— Calma — peço com medo, tocando no peito de Gabriel e ficando de frente para ele porque acredito que estar no meio de uma briga seja a solução necessária para apartá-la.

Gabriel tenta passar por mim, desviando para peitar Veiga e revidar o soco que acaba de receber, mas eu continuo parada no mesmo lugar, segurando seu peito.

— Não, Gabriel — peço, clamando para que ele não revide e as coisas se tornem mil vezes pior. Ele levou um soco, eu quero que ele revide e desconte sua raiva. Mas sei que isso só vai piorar a situação, e eu preciso agir na razão agora se eu quiser paz. — Olha para mim.

E quando ele finalmente olha nos meus olhos, vejo que sua raiva é contida e ele para de querer avançar no pescoço de Veiga. Dando um passo para trás.

Ótimo, consegui acalmar a fera. Agora eu posso surtar.

— Mas que porra você acha que 'tá fazendo? — me viro na direção de Veiga e fico extremamente puta. — Ficou maluco, caralho?

— Espera, Lu — Scarpa tenta me separar, mas me desvencilho de seu toque com rapidez.

— Espera é o caralho. Vocês não podem invadir minha casa assim, porra. E você — aponto pro Veiga que está com o rosto vermelho de raiva, os punhos cerrados e me olha brevemente antes de encarar Gabriel atrás de mim — não pode sair dando socos nas pessoas.

— A gente pode resolver isso — meu irmão começa sem mostrar estar bravo. Não da forma como estava quando brotou na minha porta. Gustavo sabe que agressão não é a solução e odiou o fato de Veiga ter partido logo de cara pro soco. Agora ele quer acalmar as coisas. — Resolver isso com paz.

— Concordo — digo, mas minha voz está grossa demais para parecer passiva. — Mas você tem que parar de invadir minha casa. Agora 'tá trazendo gente com você? 'Tá ficando louco? Isso ultrapassa todos os limites, porra.

— Eu sei, Lu...

— Você acha que pode vir aqui e brincar com ela desse jeito, porra! — bufa Raphael interrompendo a fala do Gustavo e olhando diretamente para Gabriel, não conseguindo mais manter a boca fechada enquanto Gustavo e eu decidimos o que fazer. — Você é um merdinha que quer acabar com a vida dela.

HOTEL CARO ━ gabigolWhere stories live. Discover now