𝟑𝟖 | 𝐑𝐄́𝐕𝐄𝐈𝐋𝐋𝐎𝐍 𝐃𝐎 𝐋𝐈𝐋

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ENCONTRO DUAS PESSOAS, ao invés de uma, na frente do aeroporto

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ENCONTRO DUAS PESSOAS, ao invés de uma, na frente do aeroporto. Uma delas, uma linda morena de cabelos cacheados balançando pelo vento, sentada em cima da própria mala. O outro, um garoto moreno, está em pé falando alguma coisa que faz sua irmã revirar os olhos.

Isso é uma coisa que eu ainda tenho que me acostumar: a impaciência da Luanna.

Estaciono o carro na frente deles e abaixo o vidro para que possam me reconhecer.

Carai, Lil Gabi! — Lucas exclama ao me reconhecer, arregalando os olhos e analisando o carro que dirijo. — Uma Porsche! 'Tá porra, que nave! Luanna, por que não me disse que seu namorado tem um carro desses?

Luanna, mais uma vez, revira os olhos e se coloca em pé, puxando a alça da mala pra cima e se aproximando do meu vidro.

— Porque não era pra você estar aqui, pirralho — ela parece meio irritada. E nem me cumprimenta quando olha para mim, apenas suspira e me pede. — Abre o porta-malas, por favor.

Faço o que me pede sem hesitar. Não estou nem louco de deixar Luanna ainda mais irritada.

— Vamos, Lucas! — Ela grita pro irmão que estava num estado de transe ainda com os olhos fixos no meu carro. — Parece que nunca viu um carro antes.

— Vou andar numa Porsche, Luanna! — ele exclama indo para trás do carro junto com a irmã e então colocando as malas no carro.

Logo eles voltam e entram também. Luanna tendo o bom senso de abrir a porta do passageiro ao meu lado e acomodar aquela bunda gostosa bem nesse banco aqui.

O perfume dela impregna o ar no segundo que está no mesmo ambiente que eu. Um perfume doce e bom pra caralho.

Mas Luanna está realmente estressada. Ela se senta, encosta as costas no banco e bufa.

— Desculpa trazer o garoto — ela me diz, olhando para mim brevemente. Percebo seus olhos cansados. Ela provavelmente não teve uma boa noite de sono e nem um bom voo. — Meus pais pediram pro Lucas vir para "me monitorar". Como se eu fosse uma adolescente.

Dou risada do que diz, sem me incomodar com isso. Tudo bem a presença do Lucas. Ele é meu fã. Prefiro o moleque do que o Scarpa. Tenho certeza que um dia na mesma casa que ele e meu corpo será encontrado com uma faca no pescoço.

— Eu acho que eles não confiam em mim — informo, sorrindo. — Querem me monitorar.

Luanna não ri, ela só desvia o olhar e suspira fundo. Cansada e impaciente. Essa situação realmente a estressa.

— Eii — chamo a atenção dela, levando minha mão a sua coxa, por cima do jeans que usa e fazendo uma leve carícia. — Relaxa, 'tá bom? Quer comer alguma coisa? Posso comprar um lanche do Méqui pra você se sentir mais animada.

Luanna olha para mim e sorri e é aí que eu percebo que ganhei na vida, pois sei deixar minha mulher mais calma com apenas uma frase.

— Só vou aceitar porque estou faminta — ela toca na minha mão em sua coxa e aperta levemente, ainda sorrindo.

HOTEL CARO ━ gabigolWhere stories live. Discover now