𝟓𝟐 | 𝐎𝐅𝐄𝐍𝐃𝐀-𝐒𝐄

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EU DIRIA QUE em um mês as coisas não poderiam mudar muito. Mas mudam e mudam demais.

Estamos no fim de março, eu completei faz pouco tempo às 22 semanas de gravidez. Sei que muita coisa iria alterar no meu corpo. Afinal estou com cinco meses. De cinco pra nove é um pulo. E como estou grávida de gêmeos, a probabilidade de nascerem antes do tempo é ainda maior.

Então de cinco pra oito a distância é tão menor quanto. E está passando tão rápido que é assustador.

Meu corpo está mudando, as curvas estão mais acentuadas. Meu quadril está maior. Meus seios estão gigantes, duros e doloridos. Minhas coxas nunca tiveram esse tamanho. Eu não tenho mais cintura e... É claro, a única mudança que as pessoas percebem.

Me dou conta disso enquanto analiso a fotografia que Ryan tirou a pouco de mim. Estou com a mão no vestido azul justo que marca minhas curvas perfeitamente. Principalmente o volume inchado e muito perceptível na minha barriga.

No começo, quando soube dessa gravidez, não ficava apavorada com o fato de ter a barriga tão esticada. Afinal, eu pensava que podia recuperar tudo depois, e esse era o menor dos meus problemas. Na época ainda estava mal resolvida com Gabriel e morando com Veiga. Minha vida não estava organizada para eu me dar o luxo de pensar na minha aparência.

Só que, logo após isso, descobri que teria dois bebês e tudo começou a acontecer rápido demais.

Morar com o Gabriel, os problemas com a gravidez, a dieta, as restrições e todo o resto que me faz acreditar dia após dia que terei dois filhos e que nada e nem ninguém será capaz de mudar isso.

Eu entendi bruscamente que qualquer dificuldade que eu teria pra recuperar meu corpo havia duplicado. Minha barriga ficaria muito maior do que eu imaginava.

E agora posso entender isso.

Com menos de seis meses e a minha barriga tão inchada que parece que estou no oitavo mês.

— Fiquei horrível em todas — digo a Ryan enquanto deslizo o dedo pro lado e vejo a sessão de fotos que ele fez de mim. — A paisagem 'tá boa, o problema é a minha cara. — O problema sou eu, pra falar a verdade.

A paisagem realmente não tem como ficar ruim. Estou num passeio pelos pontos turísticos mais famosos do Rio de Janeiro que Ryan decidiu fazer comigo para me tirar de casa e me fazer, a qualquer custo, me apaixonar pelo lugar, já que morarei aqui pelos próximos anos.

Ontem eu conheci tudo de bom que a Barra da Tijuca podia me oferecer. E hoje estou no Cristo Redentor.

— Nem tem como a paisagem ficar feia, né, vadia? — Ele sorri de canto, pegando o celular e saindo da galeria. — Você está ao lado de Jesus Cristo, é uma vista sagrada. Aleluia.

HOTEL CARO ━ gabigolWhere stories live. Discover now