𝟒𝟎 | 𝐅𝐎𝐈 𝐔𝐌𝐀 𝐌𝐄𝐍𝐓𝐈𝐑𝐀

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QUANDO ACORDO PELA manhã, estou deitada num peito forte e nu

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QUANDO ACORDO PELA manhã, estou deitada num peito forte e nu. Inspiro fundo e inalo seu maravilhoso cheiro. Eu amo o perfume de Gabriel e estou começando a amar demais acordar agarradinha com ele. 

Já estou aqui no Rio, na casa do Gabriel, faz quase três dias. Eu devia ficar até ontem, mas as coisas saíram do meu controle. Tudo isso porque ele decidiu esclarecer o que sente e... acabou que estamos namorando. Ainda é muito surreal para que eu consiga acreditar. Mas, quando eu voltar para casa, não terei mais com que me preocupar. Não haverá julgamentos, não relacionados ao fato de eu estar solteira e grávida. As coisas vão ficar mais fáceis de lidar, assim eu acredito.

Mesmo assim, pensar sobre isso me cansa. Por isso me sento na cama, sem acordar o Gabriel, numa tentativa de espairecer os pensamentos. Mas acabo me esquecendo que levantar de manhã nem sempre é a melhor opção. Aquela terrível sensação me persegue assim que não estou mais deitada numa posição confortável.

Levo uma mão a testa imediatamente ao sentir a dor e fecho os olhos para ver se ajuda com a tontura. Preciso controlar a respiração e esperar até que passe.

— Tudo bem? — Gabriel deve ter acordado com meu movimento sobre a cama e agora está sentado ao meu lado, uma mão alisando minhas costas enquanto eu tento conter o enjoo e a tontura. — O que eu posso fazer pra te ajudar?

— Nada — digo com a voz meio arrastada, mas consigo olhar para ele e sorrir fracamente. — São só os enjoos matinais. Já vai passar.

— Tem certeza que não quer que eu faça alguma coisa? Posso te buscar comida ou um copo de água.

— 'Tá tudo bem — garanto a ele, me aproximando só para beijar sua bochecha. — Eu só preciso respirar ar fresco um pouco e ir ao banheiro.

— Só isso mesmo? — Assinto como resposta. — Tem certeza de que não precisa de nada?

— Tenho certeza — abafo uma risadinha. — Volte a dormir, está muito cedo.

Gabriel vira a cabeça só para olhar as horas na mesinha de cabeceira.

— Caralho, Luanna! — Ele exclama largando o celular e me encarando com choque, depois desviando o olhar para a janela, talvez para ver a luz do sol que adentra o quarto. — O dia mal amanheceu.

— Que exagero, Gabriel. Já são quase oito horas.

— De uma quarta-feira de férias. No verão!  — ele me lembra, agindo com uma criança birrenta que acordou cedo nas férias escolares. — Você precisa dormir, preta. Descansar.

— Eu sei — concordo com o que diz. Eu ficaria o dia inteiro na cama. Mas quero levantar. Quem sabe tomar um banho e comer alguma coisa. — Eu só vou respirar ar puro e já volto pra cama, 'tá?

— Promete pra mim?

Reviro os olhos, mas estou sorrindo pela manha dele. Eu gosto quando ele age assim, mesmo parecendo uma criançona. Gostar de alguém é uma coisa maluca. Quando você vê, já está gostando até dos defeitos que em qualquer outra situação iriam te irritar.

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