𝟐𝟒 | 𝐀𝐈 𝐅𝐋𝐀𝐌𝐄𝐍𝐆𝐎

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ME APROXIMO DO BALCÃO, APOIO MINHAS MÃOS NA MADEIRA, ABAIXO a cabeça e fecho os olhos, puxando o ar com força para dentro dos meus pulmões como se a simples ação fosse suficiente para aliviar a dor que assola meu corpo

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ME APROXIMO DO BALCÃO, APOIO MINHAS MÃOS NA MADEIRA, ABAIXO a cabeça e fecho os olhos, puxando o ar com força para dentro dos meus pulmões como se a simples ação fosse suficiente para aliviar a dor que assola meu corpo.

Ai que merda, caralho. Minha cabeça está rodando.

Calma. Calma.

Respira fundo.

Obedeço a ordem do meu corpo e tento relaxar.

Eu necessito ir ao médico. Não tem mais condições de continuar assim. Vou acabar desmaiando no meio do meu expediente. Já pensou? Vai ter um post na gossip falando da "cantora que desmaiou no meio do palco". A causa? Bom, ela é uma desgraçada que pula refeições e acha que é de ferro pra poder viver sem comer.

— Toma — abro os olhos só para ver a mão de Ryan estendida para mim com um comprimido brilhando em sua palma. — Vai ajudar com a dor de cabeça.

— Obrigada — pego o remédio e aceito o copo de água.

Me sento no banco alto e relaxo.

— Você já comeu hoje? — ele pergunta.

Ryan é o barman aqui do barzinho. De umas semanas pra cá, se tornou um grande amigo. Principalmente pelas vezes em que não estou me sentindo bem como agora e ele sempre ter o remédio ideal para me ajudar.

— Tomei café da manhã — informo e digo a verdade.

Eu não tomaria café da manhã em dias normais, mas hoje eu não pude fugir. Gabriel me ligou do nada pela manhã, estava numa festa aparentemente, pude notar pela barulheira. Ele provavelmente está virado já que ontem eu vi um tweet em que ele estava no show da Ludmilla. Mesmo assim me ligou só para mandar tomar café e só desligou a chamada quando eu estava com a barriga cheia.

— Comeu o que? — pergunta Ryan, interessado. — Se me falar que foi só uma maçã, eu vou meter essa garrafa na sua testa.

— Não, eu comi pão com presunto, tomei café com leite e até comi umas uvas.

— Caralho — meu amigo arregala os olhos, surpreendido e contente. — Decidiu se alimentar do nada. O que te fez comer hoje?

— Uma pessoa aí que anda bem preocupada comigo.

— O seu namorado? — ele pergunta com um sorrisinho malicioso. — Mais conhecido como Gabigol?

— Shii — coloco o indicador nos lábios e olho ao redor com medo de alguém estar nos escutando. — Ele não é meu namorado.

— Me conta outra, mulher. Ninguém se preocupa com outra pessoa assim sem ter nada, 'tá? Se vocês não namoram, é por cu doce total.

— Não é bem assim. A gente 'tá só se pegando.

Ryan bufa, revirando os olhos.

— Marca o casório logo e me chama pra ser dama de honra.

— Você é um idiota.

HOTEL CARO ━ gabigolWhere stories live. Discover now