𝟎𝟑 | 𝐄𝐒𝐒𝐀 𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐃𝐄

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EU QUERIA MUITO ENTENDER O PORQUÊ DESSA MENINA estar no meio de tantos flamenguista, incluindo todos os jogadores e a equipe técnica, vestindo uma camisa do Palmeiras e dançando como se fosse a própria dona da boate

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EU QUERIA MUITO ENTENDER O PORQUÊ DESSA MENINA estar no meio de tantos flamenguista, incluindo todos os jogadores e a equipe técnica, vestindo uma camisa do Palmeiras e dançando como se fosse a própria dona da boate. Eu não me surpreenderia se fosse.

Estou a observando faz um tempo. É difícil não prestar atenção na única mulher com camisa de time e do time rival que por sinal não foi o campeão do dia.

Talvez eu a estivesse observando demais, não sei. Mas vi quando suas acompanhantes sumiram na festa com os namorados, a deixando sozinha para desfrutar da própria companhia que, sendo sincero, a fez bem pra caralho já que ela começou a se soltar. Virando uma garrafa inteira de vodka na boca e rebolando aquela bunda, que mesmo coberta pela camiseta verde, ficava bem marcada ao ser empinada.

Quando vi que o Veiga, aquele artilheiro do Palmeiras mais conhecido como playboyzinho, estava enchendo o saco dela, eu vi a oportunidade perfeita para parar de ficar secando a mina e finalmente me intrometer pra falar com ela.

Aqui estou eu, perguntando de onde ela é, mesmo já tendo uma base, e ouvindo sua resposta:

— É, sou de São Paulo mesmo. Mas às vezes não gostaria de ser — o garçom traz nossas bebidas nesse momento onde eu pego a minha e estendo o outro copo a ela, que pega sem hesitar. — Aquele lugarzinho vai acabar me matando.

A mulher, que não faço ideia de qual seja seu nome, começa a virar a cerveja na garganta. Não sei como é a resistência dessa mina, mas ela já bebeu uma garrafa de vodka inteira e agora está virando um copo de cerveja sem nem parar para respirar. Só falta ela dar pt. Ou eu que estou sendo idiota em achar que ela é fraquinha.

— São Paulo é dahora, pô — digo, tentando me concentrar na conversa e não no quanto ela fica sexy fazendo aquela cara ao beber cerveja. Porra. Acho que eu devia ter ficado na minha pra começo de conversa. — Eu nasci em Santos.

— Litoral é diferente. Quero ver você morar no centro de São Paulo. No caos de uma cidade cheia de prédio — ela diz com desdém o que me faz soltar uma risadinha por sua ousadia. — Vai adorar conviver com meu povo.

— Gente chata tem em todo canto — aviso, dando um gole na minha cerveja. O primeiro gole e só agora. Que isso? 'Tô perdendo o foco por causa dessa mina que acabei de conhecer? Talvez eu esteja gostando demais de conversar com ela. — Não tem como não dar de cara com esse tipo de gente. Principalmente quando se é jogador.

— Imagino como deve ser difícil a fama e o luxo — ela continua com o mesmo tom de desdém. Parece que ela não é a minha maior fã ou o álcool está mexendo com ela. Finjo demência, afinal eu adoro meus fãs incubados. — Me conta outra, Gabigol. Todos devem te amar e te bajular o tempo todo.

— Primeiro — começo com um sorrisinho —, não me chame de Gabigol.

— Ué, por quê não?

— Sei lá — será que devo falar que odiei ouvir da boca dela? Que pareceu formal demais? Não, melhor eu deixar quieto e ignorar. — Me chama de Gabriel.

HOTEL CARO ━ gabigolWhere stories live. Discover now