cap. 11

10.9K 706 87
                                    

Quando ouvi Sophie gritando cai em si do que estava acontecendo ali, tratei de levantar e deixar os dois a sós lá fora, fui caminhando pra dentro de casa novamente, vendo a mesma vazia. Encontrei meus avós e dona Izabel no portão, os seguranças do outro estava tudo lá na rua ainda.

Ivone: vamos para um barzinho ali comer e tomar umas, vamos filha?

Emanuel: mas se quiser ir com seus amigos não tem problema.

Lorena: já fiquei com eles esses 2 dias vô, vou vom vocês sim.. só vou pegar a chave e trancar a casa, já volto..

Entrei de novo e Marreta estava vindo com a Sophie no colo, passei do lado deles e o mesmo piscou pra mim, ignorei indo fechar a porta da cozinha, desliguei tudo e fechei a da sala deixando as luzes da varanda acesa. Sai batendo o portão e eles foram em direção ao carro do Marreta, então ele deve ir também.

Laranjinha tava na moto sozinho parado perto de mim, então mandei o mesmo me esperar, fui até o carro do Marreta abrindo a porta de trás pra falar com meus avós, atraindo o olhar de todos ali dentro.

Lorena: vó me empresta a chave da sua casa, vou lá buscar um negocio pra mim..

Ivone: ué entra que a gente vai então, vai sozinha? -marreta olhou pra minha cara levantando sobrancelha.

Lorena: não vó, laranjinha vai me levar.. - dei um sorriso, minha vó estendeu a chave me dando outro sorriso.

Ivone: vai lá, laranjinha também e um bom rapaz.. -ela piscou pra mim me fazendo gargalhar com a cara que estava fazendo.

Emanuel: se Laranjinha te agarrar já pode se considerar um cara morto. - neguei com a cabeça e bati a porta do carro, andei em direção ao laranjinha e subi na moto, observando os olhares todo na gente.

Laranja: vai aonde?

Lorena: me leva na minha vó rapidinho pra eu pegar umas roupas que vou dormir aqui essa noite, dps a gente volta aqui e tu me deixa no bar que eles foram..

Laranja: me explorando filha da puta, mal me conhece e já vem achando que manda.. - ele saiu com a moto, onde a gente passava as pessoas nos olhavam, ele nem aí distribuía sorrisos e eu de cara fechada, toda antissocial. Quando ele parou no portão desci, entrei rápido e peguei minha mochila e taquei umas roupas ali, peguei outro chinelo tbm botando dentro de uma bolsa, minha necessair cheia de coisas, maquiagem. Guardei tudo e voltei vendo Laranjinha com uma garrafa de cerveja na mão.

Laranja: quer? -neguei fazendo cara de nojo, o mesmo riu.

Lorena: sou da igreja filho, essas coisas não enche meus olhos não.

Laranja: esqueci que é varoa, aleluia irmã. - dei um tapa nele, que saiu voado me fazendo agarrar a cintura dele com medo de cair. Não sei o que se passa na cabeça dele, sério. Desci da moto dando só tapao nele que me observava rindo, virando a cerveja e me dando o casco pra jogar no lixo, joguei pela lixeira do quintal mesmo. Botei as coisas no sofá e sai de novo. Laranja resolveu dar um rolé comigo pra me mostrar um pouco o morro, que tava super movimentado, diz ele que hoje tem baile, mas eu nem me atrevo a ir. Nunca fui e não é agora que quero ir, prefiro ir dormir quando meus avós forem embora.. paramos no bar onde eles estavam, Marreta com copo na mão olhando sério para nós dois, só pode olhar mesmo que eu tô nem aí.

Laranja: acho que meu chefe não tá gostando da nossa proximidade.. - falou rindo e descendo da moto, tô parada esperando o mesmo pq chamei ele pra ficar já que ele não tá de plantão.

Lorena: Eu acho que ele não tem que gostar de nada, vida é minha, amizade é minha.. eu gosto já é o suficiente. - ri e fomos andando pra onde eles estavam sentados, meu vô logo foi fazendo um auê com Laranjinha.

Ultrapassando Limites.Where stories live. Discover now