Cap. 79

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Sai daquele hospital com a probabilidade de ser apenas uma virose, mas fiz vários exames e daqui a 2 dias volto pra buscar o resultado, na sexta feira. Gabriel com toda certeza do mundo ficou desesperado ao me ver chorando, mas é impossível os médicos não descobrirem nada, eu não aguento mais passar mal. Já cogitei até em ir a igreja mais tarde, vai que é algo espiritual, alguma maldade que estão tentando fazer pra mim? Nunca se sabe né, hoje em dia as pessoas usam religião pra amaldiçoar o próximo, seja ela qual for.. o mundo está perdido, o amor se esfriou mesmo.

Filhote estacionou o carro no portão, catei minhas sacolas do mc, peguei minha bolsa e os papéis dos remédios que o médico passou, abri a porta do carro.

Lorena: não vai entrar? - perguntei olhando pra ele que negou.

Filhote: vou pra casa.. mãe, o que você tem? - respirei fundo.

Lorena: segundo os médicos, virose mas sexta tenho que voltar pra buscar exames e ser reavaliada.

Filhote: essas praga estudam mil anos e chega lá na hora tudo é virose, porque tu não disse antes? Tinha feito daquele lugar um inferno pprt.

Lorena: não tô com cabeça pra nada Gabriel, vai pra sua casa nada de ficar andando de carro por aí..

Filhote: jaé mãe, amanhã tô de volta.. benção - pisquei os olhos sentindo ele queimar, primeira vez que Gabriel me pede benção, fechei a porta do carro rindo, dei a volta no carro e ele abaixou o vidro, dei um beijo na testa do mesmo.

Lorena: Deus te abençoe, meu amor. - ele riu e eu sai, indo abrir o portão.

xx: boa noite - ouvi os meninos falarem, por um momento até esqueci deles por ali, todo mundo tão quieto.

Lorena: boa noite gente, desculpa a falta de educação. - sorri simpática e entrei, trancando o portão. Fui caminhando lentamente pelo quintal, sentindo a dor da injeção na bunda aumentar, respirei fundo abrindo a porta e o Brayan tava deitado no sofa, botei as coisas na mesa e caminhei até ele que estava dormindo. Me agachei perto dele dando dois tapinha no peito devagar, ele abriu o olho assustado me fazendo soltar uma risada.

Brayan: caralho, achei que eu ia rodar..

Lorena: tô vendo, tava apagado tudo aberto. - ele negou rindo.

Brayan: ouvi nem tu entrando que doideira, tô cansadao na merda mesmo.. acho que tô pegando essa sua virose. - neguei.

Lorena: tomara que não, você doente é um mês deitado na cama querendo só mamar, não consigo nem tomar um banho que tu fica atrás de mim..

Brayan: só isso me sustenta, amor.

Lorena: mentiroso, isso não sustenta nem criança. É vício e psicológico, um dia vou ter filho e tu tá ferrado.

Brayan: vai é? Quer ter filho comigo minha linda? - ele me puxou pro colo dele beijando meu pescoço, fazendo meu corpo todo se arrepiar, respiro fundo me encaixando nele e o abraçando, meus olhos começaram a arder, enchendo o mesmo de água, respirei fundo e foi o suficiente para as lágrimas começarem a rolar pelo meu rosto. Brayan me afastou do corpo dele me olhando nos olhos, limpou minhas lágrimas com o dedo.

Brayan: o que foi, amor? Conta pro seu marido o que está acontecendo.. - ele alisava meu rosto e o semblante que antes era suave, agora possuía uma preocupação.

Lorena: eu não sei, os médicos falaram que era uma virose e fizeram uns exames, sexta feira eu tenho que voltar lá.

Brayan: vai ficar tudo bem, sexta os exames vão sair e eles vão saber direitinho o que é, e nós vamos cuidar disso.

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