cap. 59

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Abri o olho e estava deitada no sofá com todo mundo em minha volta, eu estava sentindo uma dor na cabeça muito grande talvez pela pancada mas nada superava a dor que eu estava sentindo no meu peito, o vazio que me preenchia e doía na alma, fechei os olhos de novo forçando para não chorar, passei a mão pelo rosto e sentei encostando a cabeça na parte de trás do sofá, soltei o ar que estava preso.

Brayan: amor, olha pra mim. - ele segurou meu rosto virando pra ele, eu em silêncio em quanto as lágrimas caiam.

Brayan: amor, vamos conversar fala comigo.

Lorena: Eu quero ir pra minha casa, você vai comigo?

Brayan: claro, não vou te deixar sozinha. -concordei levantando, dona Izabel me puxou pra um abraço tão forte que eu me controlei forte pra não desabar, só fechei os olhos e assim que ela me soltou agradeci.

Lorena: obrigada, eu estava precisando.

Izabel: não precisa agradecer minha filha, você faz parte de nós, é uma querida não vamos te deixar desamparada nunca..  - concordei, Rato estava me olhando em silêncio, ajudou o brayan a pegar as coisas e foi dominando pra portão, qual eu já estava parada, a rua o movimento de bandido normal afinal, veio uns aqui ajudar mais nada necessário andar ele consegue de boa, é mais o repouso mesmo que ele tem que fazer. Hugo estava no meu portão, quando me viu ia vir na minha direção mas mandei esperar no lugar onde estava.

Fui caminhando do lado dos dois no completo silêncio, só ouvindo a voz do povo falando com eles, cheguei no meu portão indo abrir sem dar chances pro Hugo dizer uma palavra. Todo mundo essa hora já estava sabendo, daqui a pouco meus avós vão esta aqui ou não sei. Tá tudo muito confuso. Entrei indo pra cozinha já colocando a sopa fé volta no fogo, sentei no sofá ligando a televisão, Hugo tava entrando com o outro, botei no jornal mas já tinha acabado e estava dando novela. Me peguei pensando na minha infância quando eu tinha meus pais comigo quando nós éramos uma família tão feliz, completa, eu era tão mimada e amada pelos dois, quando minha mãe morreu tudo mudou, tudo desandou, ele não era o mesmo, eu não conhecia mais meu pai e sogra josnultimos meses aí mesmo que eu não reconhecia, ele me xingava e me desejava mal a todo momento, ele queria me sequestrar, como pode? A filha amada dele, que todos os dias ele chegava beijava e dizia que eu era a realização de um sonho.. tantas coisas boas e ruins passamos juntos..

Lorena: ai Jesus, como dói.. - falei baixinho, com as lágrimas rolando, senti meu corpo sendo abraçado pelo Hugo.

Hugo: eu tô aqui contigo, pode chorar..

Lorena: porque tá doendo tanto, irmão? Eu não reconhecia mais o meu pai, eu sentia medo dessa nova pessoa que ele mostrou ser, mas ainda tinha esperança, era meu pai, eu o amava tanto. - desabafei.

Hugo: a gente não entende os planos de Deus agora mas pra frente vamos entender, nada é em vão amor, nem a morte. Voce que me ensinou isso.

Lorena: é, mas quando é um dos nossos dói né? Agora eu não tenho mãe, não tenho pai..

Hugo: mas você tem um irmão, avós que fazem tudo por você, tem o viadinho do brenno que te lambe o tempo inteiro..  e tu tem um ficante que só te enche de dor de cabeça mas te ama e move o mundo por você, tenho certeza. - ri com ele falando, até o brayan se meter.

Brayan: ficante o caralho Hugo, eu sou marido dela, ela é minha mulher.. mané ficante, tomar no seu cu pra lá- dei uma risada alta olhando pro Brayan que estava de braços cruzados, com cara de bolado.

Hugo: já tá nessa fase? Jurava que ainda eram ficantes, não me pediu a mão nem pra namorar.

Brayan:  eu preciso pedir? Tu esquece que na pista eu sou teu chefe meu irmão, papo reto.

Ultrapassando Limites.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora