cap. 14

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Fiquei parada do lado da casa da minha vó, sorte que a rua estava vazia, tempo tinha virado e agora mesmo está chovendo e eu que nem palhaça parada esperando porque o bonito quer. Na verdade, só tô esperando pra não pegar chuva mas até parece que ele vai acreditar nisso, né?
O jeito que ele é muito mandão e muito grosso no jeito que fala comigo me da logo vontade de chorar, eu nunca o tratei assim e nunca fui acostumada a ser tratada assim que nem bicho.. hoje eu já não tô muito bem, se ele vier me tratar mal acho que eu vou surtar.

Fiquei ali pensando por longos minutos até ele parar com o carro na minha frente, fiquei uns min olhando pro céu ainda pra calcular a corrida pra não me molhar toda, dei uma corridinha e abri a porta do carro. Sentei devagar, passando as mãos pelo meu cabelo, botei a bolsa no meu colo e sequei meus braços com a jaqueta que estava em minhas mãos. Ele estava em silêncio observando cada movimento meu.

Lorena: aconteceu alguma coisa? - encarei o mesmo que ergueu uma sobrancelha, me fazendo entender nada.

Marreta: nada, só queria que você fosse lanchar comigo - olhei pra ele sem acreditar.

Lorena: Sério isso?

Marreta: sério ué, algum problema? - neguei rindo.

Lorena: precisava dessa Ignorância toda pra me convidar pra lanchar? - ele cruzou os braços, saindo com o carro, fazendo um caminho que eu não faço ideia, fiquei quieta prestando atenção em tudo. Ele parou de frente pra uma pizzaria, buzinou e apareceu o segurança dele que sempre vejo com ele.

Marreta: quer pizza de que?

Lorena: pede uma mista e uma de morango. - falei pegando no celular e respondendo meus avós e dona Izabel que me mandou um áudio da Sophie, acabei rindo com ela. Muito mandona..

Marreta: tá rindo de que? - o carro estava todo apagado, a luz que iluminava um pouco era do poste, o Marreta é gostoso, tem essa cara de mal, os braços enorme, uma postura sem igual, um olhar penetrante, é um homem que todas as mulheres querem, com certeza. Ele tem quem ele quer, quem sou eu? Uma mera menina de 18 anos, bonita, gostosa, mas não sirvo de nada pois o que ele quer, eu não posso oferecer..

Lorena: sua mãe mandou um áudio da sophie.. ela perguntando onde eu estava que não levei ela

Marreta: Ela é toda mandona igual a mim, se tu for nesse papinho dela tá fudida, vai tá levando ela até pra faculdade.

Lorena: Eu gostei dela e ela também gostou de mim, hoje nós conversamos na cozinha, ela disse que nem sempre vocês fazem com ela o que eu fiz.

Marreta: tô ligado, minha mãe comentou comigo.. só espero que tu não saia da vida dela, te conheceu ontem e fica chamando nena pra cima e pra baixo lá.

Lorena: minha intenção não é magoa-la Marreta, eu sei o quanto dói sentir falta de uma mãe, por mais que ela não fale ela sente, o que eu puder fazer pra distrair, eu vou fazer.

Quando ele ia falar alguma coisa, o tal de CL bateu no vidro com as pizzas e o refrigerante, fiz ele pedir menino pra ir buscar copo que la em casa não tem, ele pegou botando no meu colo, ele foi em direção a minha casa. Parou e eu fui saindo do carro.

Marreta: deixa o portão aberto, vou deixar o carro pela casa da minha mãe e já volto.. -confirmei com a cabeça e entrei em casa, encostei o portão, abri a porta da sala ligando as luzes e botei as pizza na mesa.

Subi pro quarto, guardei minhas coisas e tirei aquela roupa úmida do corpo, entrei no banho rapidinho jogando uma agua quente, lavei o rosto tirando toda a maquiagem, ouvi o mesmo me gritando, sai do banho e me enxuguei, passei hidratante pelo corpo todo botei uma blusa grande branca da adidas sem sutiã mesmo e um short de pano mole desci e ele tava jogado no sofá mexendo na televisão.

Ultrapassando Limites.Where stories live. Discover now