cap. 60

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Acordei chorando tive um sonho lindo demais com minha mãe, ela a todo momento tentava me tranquilizar dizia que tudo que aconteceu era fruto do que meu pai veio colhendo a anos, mandou eu descansar meu coração que sofrer faz parte mas não posso parar minha vida por alguém que queria meu mal, disse que estava orgulhosa da mulher forte que estou me tornando.. tantos anos que eu não sonhava com minha mãe acordei sentindo o mesmo quentinho no coração que eu sentia quando ela me abraçava, quando ficávamos deitadas e ela me dava conselhos, daria tudo pra minha mãe aqui pertinho de mim.. limpei as lágrimas virei de barriga pra frente olhando pro teto, Brayan estava apagado levantei devagar indo mexer no celular dele vendo que são 7h da manhã, dormi quase nada.. debixei o celular ali e fui pro closet pegar uma roupa de sair e fui tomar banho, me despi todinha, entrei de cabeça e tudo naquela água morna, lavei o cabelo que tava fedendo a maconha, depois tomei um banho digno, me depilei antes que comece um coça coça, tava até pensando em começar a fazer cera, gente detesto ficar me coçando.. tomei um banho de lavar a alma, sai me secando passei um óleo corporal, enrolei a toalha no meu cabelo, peguei uma calça jeans preta, uma blusa branca de manga, peguei um tênis da nike preto com branco e coloquei, peguei uma bolsa botando meus documentos, meu cartão, uns trocados que eu tinha na carteira e botei na bolsa também, passei uma base só pra tirar a cara de morta, passei perfume e voltei pro banheiro pegando um pouco de creme e fui penteando o cabelo.. voltei pro closet pegando um óculos escuro e botando na bolsa, sai abrindo a porta do quarto vendo que ainda estava dormindo, desci botando tudo no sofá.. 

Fui na cozinha e coloquei café pra passar, peguei uma polpa de laranja e botei no liquidificador pra fazer pra ele, cortei maçã, uva e morango que era o que tinha na geladeira, tenho que passar até no sacolão quando voltar. Fiz todo um café pra ele, arrumei a mesa comi rapidinho, deixei arrumadovpra ele, olhei na caixa os remedios que tem que tomar, botei na mesa também e peguei um papel e uma caneta pra escrever um bilhetinho. 

"Bom dia, amor. Estou indo resolver as coisas do meu pai, interro, ir na policia também. Vou chamar minha vó pra ir junto a mim, beijos, te amo e toma café direitinho se eu não chegar antes do almoço só esquentar a sopa. ❤️"

Deixei tudo organizado e sai de casa olhando o movimento da rua, dei bom dia pra quem estava ali no portão e sai descendo em direção a casa da minha vó.
Tudo muito estranho, sabe? Entrei de férias e tinha vários planos de abrir uma cafeteria, loja de doces e mais pra frente até abriria uma loja de roupa, mas aí aconteceu isso tudo com Brayan, agora a morte do meu pai.. parece que sempre quando eu tento botar minha vida pra frente, eu sou dez passos pra trás, parece que nunca vou ser feliz, nunca vou ter paz, conquistar minhas coisas. Tava na principal já a rua tava cheia, peguei o óculos na bolsa colocando no rosto e fui andando até minha vó com aquele povo.

(...)

Gritei meu avô no portão já que o mesmo tava trancado, não demorou nem um minuto ele veio correndo abrir, ri comigo mesma, assim que abriu me abraçou, correspondi o abraço entrando no corredor.

Lorena: bom dia, vô.

Emanuel: bom dia filha, que Deus guarde seu coração, nunca se esqueça que você tem a nós. -deu um beijo na minha testa, entrei de mãos dadas com ele vendo minha vó saindo da cozinha toda arrumadinha.

Lorena: bom dia vó.. - assim que olhei pra ela senti meus olhos encher de lágrimas, ela veio me abraçando, chorei tanto nos braços da minha vó. Ela me sentou no sofá ficando na minha frente, secando minhas lágrimas.

Ivone: ai minha filha eu sei como dói perder algum dos nossos, mas Deus sabe de todas as coisas, agora você vai poder viver mais tranquila.

Lorena: Eu fiquei sabendo de tudo que ele fez, mas infelizmente ele era meu pai e eu não sou de pedra, vó. Dói, dói muito saber que ele um dia foi um homem muito bom pra mim mas que na verdade da porta pra fora era um monstro. - falei soluçando.

Ultrapassando Limites.Where stories live. Discover now