Capítulo 15: "Realidade"

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N/A: essa será a primeira vez que poderão ver um pouco do ponto de vista de um dos garotos, dependendo de como receberem, pode ser algo frequente ou não, mas se preparem

N/A: essa será a primeira vez que poderão ver um pouco do ponto de vista de um dos garotos, dependendo de como receberem, pode ser algo frequente ou não, mas se preparem

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"As pessoas dizem que não devemos julgar ninguém como culpado, até saber os dois lados da história

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"As pessoas dizem que não devemos julgar ninguém como culpado, até saber os dois lados da história. Que devemos ter misericórdia daqueles renegados por seus defeitos e condições, eles que são taxados como restos de nossa sociedade. Pois, as vezes, não sabemos, na verdade, de nada, e que eles, na realidade, sabem de tudo, e mais um pouco. "

(...)

Passava-se das duas da manhã, porém, as ruas escuras daquele bairro distante do centro – que mais parecia uma pequena favela – ainda estavam bem agitadas. Podia-se ouvir ao longe a gritaria da pequena multidão do bar à esquina onde Taehyung morava.

Há poucos minutos, o rapaz havia checado se os tios bêbados realmente estavam dormindo e no momento tentava – com muito esforço – pregar os olhos por, ao menos, algumas horas de sono. Não que o barulho da mísera briga de bebuns do lado de sua casa o impedisse de dormir – ficou mais do que habituado a isso com o passar dos anos – porém, o que realmente estava tirando o seu sono, era algo que ele nunca pensou que algum dia teria de lidar.

Esses últimos meses que se passaram, foram no mínimo, estranhos demais, afinal, não era todo dia que alguém se dava o trabalho de prestar a mínima atenção nele – que não fosse os moleques estúpidos do subúrbio – ou se quer, olhar para ele uma segunda vez sem uma expressão de desdém. Afinal de contas, todos o ignoravam, esse era o normal. Sempre foi assim. Começando por seus pais, que o deixaram a mercê de sua própria sorte, quando se quer tinha idade para andar com seus próprios pés. Somente fora aceito por seus tios, que apenas o enxergaram como um pequeno escravo particular, pois quando chegara a pré-adolescência, acabou se tornando um simples bode expiatório para a boca-de-fumo que acontecia nos fundos de sua casa.

E infelizmente, na escola não era diferente. Em seus primeiros anos do ensino fundamental, o garoto até tentou – genuinamente – focar em seus estudos – a escola à primeira vista, parecia um paraíso para ele: pois além de ficar algumas horas afastado dos tios, tinha a chance de aprender coisas realmente úteis e ser mais do que um moleque analfabeto, do qual a família sempre o chamava.

Entretanto, não era fácil conciliar suas aulas matutinas e as poucas horas de sono que tinha disponível, depois da longa noite de trabalho com os tios, o que acarretou em seu baixo desempenho escolar e um maior descredito entre seus professores.

Então as coisas pioraram. Como se já não bastasse não ter nenhum colega dentro ou fora da escola e uma fila enorme de inimizades – injustificáveis – o pequeno garoto teve lidar com um outro grupo de garotos problemáticos, na verdade, um bando de mauricinhos implicantes, que acabaram por descobrir o negócio ilegal feito por seus tios. E o que passou de simples ameaças – porém agressivas demais, para um garoto daquela idade pudesse lidar – se transformou em suborno, onde Taehyung perdera a conta de quanta mercadoria repassara para aqueles delinquentes do fundamental. Porém, tal coisa não passou despercebida pelo seu tio, que além de o pegar em flagrante, surrupiando algumas gramas de metanfetamina, não o poupou de uma correção violenta, deixando assim as primeiras cicatrizes permanentes no corpo do sobrinho.

Depois do ocorrido, Taehyung prometeu a si mesmo que não se envolveria novamente com aquele tipo de negócio, entretanto, mesmo não despertando mais a ira de seu tio, não recebeu o mesmo efeito com aqueles moleques que se aproveitavam se seus furtos; e foi assim que o garoto aprendeu a usar os punhos para se defender dos pequenos pilantras. E ele aprendeu rápido, e muito bem.

Não passou muito tempo até que sua fama crescesse, e mesmo não incitando intrigas, outras pequenas gangues insistiam em lhe desafiar – por qualquer motivo que ele desconhecia, ou, porque simplesmente não podia pensar muito bem enquanto apontavam um punhal em sua direção – e se era briga que eles procuravam, Taehyung não era o tipo cara que sairia correndo de qualquer forma.

Entretanto, igualmente a uma reação evolutiva da natureza – como se Taehyung tivesse se transformado em um grande alfa solitário – depois de todas essas brigas, vieram os aliados. O garoto não fazia ideia como ou porquê, mas, aos poucos acabou notando – e não tinha como não notar – a quantidade absurda de gente que começou a seguí-lo para qualquer lugar que ele fosse, mas não era como se ele estivesse incomodado com isso.

E quando finalmente ingressara no colegial – tanto por faltas e excesso de suspensões como por reprovações diga-se lá... suspeitas – Taehyung tivera de fato consciência dos boatos que corriam a seu respeito, e percebeu o porquê o olhavam daquela forma: não somente com nojo e repulsa como antes, por ser aquele pequeno órfão remelento morto de fome, mas agora, com aquele "quê" de receio e medo, pelo delinquente que ele se tornara.

E ele mesmo, não estava mais afim de provar do contrário.

Aos poucos, garotos de literalmente todos os lugares da cidade o procuravam – tanto para procurar briga como se aliar a ele de alguma forma, ou simplesmente encher o seu saco – e o que eram somente brigas de rua, se transformaram tanto em disputa de comando, ou rixas por território – sendo ambas as coisas completamente inúteis, aos olhos de Taehyung – e em relação aos estudos; ele se quer tivera a oportunidade de receber seus livros do ano passado, e depois da briga com seu tio, o mesmo mal o dava de comer, então, esperar algo para seus materiais escolares estava fora de questão.

Quando os portões da escola se abriam, o garoto já estava acostumado com a indiferença – ao menos era o que ele mais preferia considerar – do que a repulsa ou o mais cru desprezo que os demais lhe direcionavam com o olhar.

E foi no meio desses tantos olhares que ele finalmente encontrou um diferente.

Foi quando ele a conheceu.

N/A: O que acharam? Talvez seja um pouco mais dramático do que o normal, mas prometo não exagerar

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N/A: O que acharam? Talvez seja um pouco mais dramático do que o normal, mas prometo não exagerar

e para vocês não ficarem muito tempo sem atualização, ou quem sabe não sentir muita falta, deem uma olhada na minha nova oneshot: "Ajuda" uma fanfic de comédia do mozão Siwon (Super Junior)


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