− Não se preocupe com isso... − Consegui responder com o pouco da paciência e simpatia que me restava. − Agora, se me permite... − Com igual delicadeza, removi sua mão de meu braço e sem perder mais tempo, e, ignorando todos os rostos chocados da multidão que ainda nos assistia em silêncio, corri apresada em direção ao táxi cujo o motorista estava prestes a me esganar com os olhos.
(...)
Quando cheguei ao bosque particular - onde aconteceria a sessão de fotos para a campanha publicitaria - quase tive um ataque ao saber que, há poucas horas para o sol de pôr, o maldito fotógrafo escalado para o trabalho não havia chegado.
− Como assim ele, além de não vim, simplesmente não avisou?! − Minha equipe de assistência se mantinha calada enquanto eu quase explodia, só ousaram abrir a boca para se desculparem e cuspir justificativas sem nexo que não me dei o trabalho de prestar atenção.
Os produtores estavam irritados, os assistentes nervosos e os modelos, cansados de esperar, já começavam a desfazer sua maquiagem. Eu andava de um lado para o outro, sentindo meus dedos se contorcerem de dor, por usar um sapato - lindo, porém - apertado por tanto tempo, e estava mais do que desesperada para pensar em uma possível solução que ao menos diminuísse as despesas do dia - já sem nenhuma esperança que esse projeto fosse para frente.
Foi quando vi aquela BMW azul cintilante passar por entre os portões da propriedade, que comecei a me iludir ao desejar que o fosse o maldito fotógrafo naquele carro e não o suposto proprietário do espaço querendo revogar o contrato de locação - pois só isso que faltava para destruir por completo o meu dia.
Entretanto, quando reconheci aquele sobretudo manchado saindo do carro, pude sentir meu queixo se aproximar alguns centímetros a mais do chão ao ver meus pés doloridos e desesperados correndo em direção aquela obra de arte ambulante.
− Eu espero... − Falava aos suspiros ao parar em frente àquele cara novamente. − .... Do fundo do meu coração, que você seja um fotógrafo e não stalker estranho que tenha me seguido até aqui. − Meu desespero estava em um ápice tão grande que mal notei o quanto minha fala tinha sido tão mal-educada quanto prepotente.
− Olá, para você também.
Por longos segundo somente tive isso como resposta ao ver aquele desconhecido dar mais atenção em retirar seu casaco e estendê-lo para mim, que por reflexo apenas o recebi.
− Primeiramente, − Pôs suas mãos no bolso com um semblante tão despretensioso que passou a me irritar no fundo da alma. − Me chamo Seok Jin... − Seu tom de voz era distinto como se me dissesse que eu deveria conhecê-lo. − Kim Seok Jin. − Repuxou seus lábios em um sorriso terno. − ... E eu sou ótimo com fotos. − Meus olhos se arregalaram chegando a ter certa esperança. − .... Pois saiu muito bem em todas elas. − Continuo a sorrir não dando importância o quão presunçoso pareceu. − E segundo, srta., eu não precisei lhe seguir...
Devo admitir que, por alguns poucos segundos, minha expressão arrogante foi vergonhosamente óbvia - pois precisaria de muita presunção para deduzir que um homem como aquele viria atrás de mim - porém - felizmente - antes mesmo que eu tivesse a oportunidade de abrir a boca novamente e, possivelmente, passar ainda mais vergonha, ele continuou sua fala.
− .... Já que, é você quem está em minha propriedade. − E, felizmente, tive a capacidade de manter minha boca fechada assim que ele terminou, pois sem dúvida, ela estaria no chão naquele exato momento.
N/A: e essa vergonha vai ser paga no débito ou em parcela?
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Meus Sete Clichês | BTS
Fanfictionbts | comédia romântica | hétero "Eu sempre achei que o amor, era algo raro de se acontecer. Que estava muito longe da minha realidade. Nunca pensei que me apaixonaria, ou que, muito menos, mais de uma pessoa se apaixonaria por mim. " imagine bts...