Capítulo 67: "Cafeteria"

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"Muitos acreditam em sorte, e muitos outros em destino

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"Muitos acreditam em sorte, e muitos outros em destino. Mas a realidade é que, o mundo é feito por um incontável conjunto de coincidências."

(***)

O ar-condicionado do carro estava quebrado, sentia que iria derreter dentro daquele terno caríssimo antes que conseguisse chegar naquele maldito ensaio.

E para piorar, o trânsito estava ainda mais congestionado do que o normal em seu horário de pico, naquela tarde de terça-feira, e, por conta dos zunidos ininterruptos das buzinas que ecoavam ao meu redor – sem contar com a estação de rádio mexicana que o taxista insistia em deixar no volume maxímo – já até conseguia pressentir a quantidade de remédios que tomaria quando chegasse em casa esta noite.

Se passaram alguns longos minutos até que o carro pudesse prosseguir a viagem por mais algumas quadras – e já estava prestes a suspirar em alívio por conta disso – porém, logo ele ficara preso em outro engarrafamento na avenida principal da cidade. Revirei meus olhos, para tentar conter a impaciência, pois seria literalmente muito tempo a ser sacrificado para dar continuidade a campanha do novo projeto da empresa, e já orava aos céus que a equipe perdoasse meu atraso.

Pois algo que não poderia mais aguentar, seria me justificar ao sr. Kim Namjoon novamente, já que, além de demonstrar que não conseguiria completar meu trabalho perfeitamente, ainda teria de lidar com um chefe estupidamente meloso que jura que sou o amor de sua vida por simplesmente ser a primeira pessoa a não aceitar uma investida dele – devo admitir que nem sei mais o que fazer para que me deixe em paz, porém, ao menos teve a descendência de me oferecer um aumento, depois de todas aquelas situações absurdas do qual ele me fez passar.

(...)

Meus saltos estavam praticamente furando o piso daquele carro velho, tamanha era a minha ansiedade ao ficar pisoteando o assoalho do automóvel ao pensar que não poderia fazer nada, a não ser esperar aquele maldito trânsito melhorar – já que, de forma alguma eu seria capaz de andar mais de 8km em um salto de 15cm em plena 3h da tarde.

Porém, enquanto tentava me distrair – para não ser engolida por meu estresse latente – pude observar que, bem ao lado onde o táxi estava – praticamente estacionado – havia uma cafeteria. E mesmo tendo plena consciência do quão lotada a mesma poderia estar – pois se localizava bem no centro da rua mais movimentada da cidade – aquela quantidade de pessoas no local era simplesmente absurda!

A multidão que se mantinha ao redor do estabelecimento era simplesmente inconcebível, e mesmo que estivesse disponível alguma superpromoção, creio que seria muito pouco provável conseguirem atender a uma demanda tão grande.

Todavia, sendo aquele alvoroço todo por uma promoção ao não – e Deus queira que não seja um acidente – não pude deixar de pensar que meu tempo seria muito bem mais gasto a procura de um chá gelado do que ficar enfurnada em um táxi minúsculo que só tocava " las mejores noches de la cucaracha"*.

Pedi licença ao motorista antes de sair do carro, e o mesmo somente abanou as mãos em descaso dizendo que não me preocupasse, pois, sem dúvida, estaria no mesmo lugar quando voltasse.

Ao me aproximar mais da cafeteria, percebi que a mesma não estava particularmente cheia, mas, com um considerável grupo de pessoas rodeando uma das mesas externas em particular, provavelmente bajulando alguma subcelebridade que estava no local. Não dei muita atenção a isso, pois fiquei bem mais animada ao saber que, por conta disso não enfrentaria uma fila tão grande para ser atendida.

Entretanto, minha alegria não durou muito, pois mesmo a fila não sendo tão extensa como imaginava, ao que parecia, a atendente era extremamente lenta, já que não passava de uma dúzia de pessoas a minha frente, mas demorava mais de 10 min para que cada pessoa fosse atendida. Quando finalmente chegou a minha vez, estava prestes a fulminar a pobre atendente – que era terrivelmente atrapalhada – mas por sorte ela não demorou tanto para entregar o meu pedido.

(...)

Saí do local superanimada com meu copo extra-grande nas mãos, só tendo de me preocupar em desviar daquela multidão inconveniente e chegar ao carro sem desperdiçar minha bebida.

Estava conseguindo sair de lá muito bem, enquanto bebericava rapidamente aquele copo cheio de chá, quando me surpreendo com a buzina estridente logo ao passar pelo batente da porta de saída. Ao olhar para frente, vejo meu taxista acenando para mim, pois o trânsito estava finalmente se movendo e ele era o único que impedia a passagem dos outros veículos.

− Mas que droga! − Resmunguei comigo mesma, porque eu realmente não tinha planejado correr naqueles saltos!

Tentei, da melhor forma que podia, me desviar daquela aglomeração de pessoas que bloqueavam a saída, e para falar a verdade, eu até achei que conseguiria, pois eu estava indo muito bem, bem até demais.... Foi quando, por puro reflexo, vi alguém se levantando na mesa ao lado, e notei que não poderia me desviar a tempo.

E em questão de milésimos, minha preciosa bebida colidiu com um sobretudo que de longe já parecia muito, muito caro, e quando meus olhos esbugalhados foram para mais perto, ele pareceu mais caro ainda! E para piorar, na minha tentativa falha em desviar dessa pessoa de roupa extremamente cara, senti meu calcanhar se direcionar para o lado oposto de onde todo o resto de meu corpo estava indo, e isso foi mais do que o suficiente para me desequilibrar.

Com certeza eu levaria uma queda dolorosamente vergonhosa e um possível torção no tornozelo, e já estava me preparando para esse tombo catastrófico, quando sinto dois braços elevando meu dorso para me manter equilibrada.

Com meus olhos fechados – em antecipação pela queda que felizmente não aconteceu – somente pude ouvir um grande coro de pessoas surpresas acompanhandas com luzes de flashes – tão fortes que me incomodavam até de olhos fechados. E quando eu os abri, ainda confusa com toda aquela comoção repentina, dei de cara com o aquele caro sobretudo, agora sujo com a bebida que eu tinha acabado de derramar.

− Você está bem? − E naquele momento eu tinha certeza que provavelmente eu tivesse morrido, e ido diretamente para o céu.

− Você está bem? − E naquele momento eu tinha certeza que provavelmente eu tivesse morrido, e ido diretamente para o céu

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N/A: será um passaro? um avião? ou um deus grego bonitão! (ai gente, desculpa, não resisti)

Meus Sete Clichês | BTSWhere stories live. Discover now