Capítulo 52: "Elevador"

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− Eu não disse que iria

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− Eu não disse que iria. − Esclareceu firmemente, assim que viu meu estado animado por sua resposta. E para que não o contrariasse, logo tratei de tirar o sorriso de meu rosto enquanto o seguia em silêncio sala afora em direção ao elevador.

(...)

− Primeiramente, iremos ao workshop, que começará daqui a uma hora, logo depois há uma reunião privada com um de nossos associados, o sr. Choi... − Comecei a ditar as notas da agenda assim que a porta do elevador foi fechada. − ... O senhor deseja que eu chame um motorista ou prefere que eu mesma dirija? − Indaguei ao terminar de anotar alguns lembretes das outras pendências do dia, para direcionar minha atenção novamente ao sr. Kim.

− Prefiro que a srta. dirija, por favor. − Confirmou enquanto, provavelmente, ainda previa como deveria agir em todos estes eventos. − Levar um motorista somente mostraria que sou indiferente as pessoas... − O que não era uma mentira na maioria das vezes. − ... e que apenas compareço por razões profissionais. − Ainda sim, isto seria longe de ser uma calúnia. − Levar você, por outro lado, mostraria que confio na competência de meus funcionários e, consequentemente, o sr. Choi concluirá que, serei assim com ele e com nossos negócios. − Pude ver algo perto de um sorriso satisfeito em seu rosto. − Isso com certeza será muito mais conveniente.

− O senhor está completamente certo, sr. Kim. − Usei meu melhor sorriso, mesmo que não fosse de forma genuína, como na maioria das vezes que ele faz esse tipo de discurso, para respondê-lo, já que eu não poderia responder de outra forma, enquanto seus olhos quase gritavam para que concordasse com ele.

− Eu sei que estou. − Reforçou, não escondendo seu sorriso orgulhosamente prepotente. Preferir me silenciar e tentar ignorar aquela atitude, porque afinal, ele não estava errado.

(...)

Fiquei observando o monitor eletrônico do elevador enquanto tentava me manter indiferente aquela áurea prepotente do homem ao meu lado, o monitor indicava que ainda estávamos no quinto andar – coisa que passei a estranhar, já que normalmente o elevador central era bem mais rápido do que o de funcionários – porém, antes que eu pudesse comentar qualquer coisa, foi naquele momento que, subitamente, surte um forte banque entre as paredes do pequeno cubículo.

O elevador havia parado.

Quase caí no chão pelo rápido tremor sobre meus pés, olhei confusa para Namjoon que mostrava uma expressão de nítido espanto, mas, assim que pude me apoiar em uma das laterais, tratei logo de buscar meu telefone, não demorando para ligar diretamente para a portaria comunicando o problema.

− ...Sim! Isso mesmo! − Desta vez não pude evitar em elevar meu tom de voz. − Eu e o sr. Kim Namjoon estamos presos no elevador principal. − Revirei os olhos ao ouvir a senhor do outro lado da linha gastar o seu tempo pedindo desculpas em vez de se apressar em seu trabalho.

− Sim, claro... agora, por favor, envie logo a manutenção, o sr. Kim não pode perder mais tempo preso nesse lugar! − Inspirei fundo ao ter de ouvir novamente aquele amontoado de pedidos de desculpas, demorou mais alguns segundos, mas, finalmente pude terminar a ligação.

− Pronto senhor, pelo que foi informando, a equipe de manutenção resolverá este imprevisto em no máximo vinte minutos, e por favor, não se preocupe, pois ainda estamos bem adiantados, mas, para evitar qualquer transtorno, informarei ao sr. Choi sobre um possível atraso e que...

Falava enquanto digitava rapidamente uma mensagem para a equipe de nosso negociador, entretanto, quando enfim pude voltar a atenção ao rosto de Namjoon, não via mais o mesmo homem que emanava prepotência como instantes atrás.

E qual foi a minha surpresa ao ver o grande Kim Namjoon mais pálido que um algodão, e, mais ofegante que um corredor de maratona, apoiado sobre as paredes frias do cubículo de metal do qual estávamos.

− Sr. Kim! O que aconteceu?! − Corri alarmada em direção ao homem que acabara de desabar no chão, já recostado no canto oposto de onde estávamos.

Todavia, ele ficou em silêncio, parecendo mais concentrado em manter sua respiração constante do que ter o trabalho de me responder, via que uma de suas mãos tentava, em vão, afrouxar o nó de sua gravata e logo resolvi ajudá-lo antes que seu quadro piorasse.

− Não me diga que o senhor sofre de claustrofobia? − Retorqui surpresa, pois por todo este tempo trabalhando para ele, nunca o vi dar se quer um indício de qualquer incômodo em ambientes fechados, no máximo sua evidente pressa para que o elevador fosse mais rápido que o fisicamente possível, como em tudo e todos ao seu redor.

Em resposta a minha pergunta, ele apenas meneou positivamente sua cabeça de modo afobado.

− Minha nossa... E – E o que eu devo... − Me enrolava com as palavras, pois, mesmo depois de anos tentando me aperfeiçoar, este momento, enquanto via meu chefe desesperado por falta de ar, com certeza, me fez sentir despreparada e muito desprevenida. − ... O que eu posso fazer para ajudar?

− Minha... Minha camisa. − Pode responder entre uma longa pausa entre sua respiração exasperada. − Tire-a.

− Ah! Sim, sim, claro! − Consenti, obviamente aquele terno amarrotado deve ser extremamente desconfortável para ele em uma crise como aquela.

Comecei então a desabotoar o mais rápido que podia aquela caríssima camisa de linho fino, e estava tão centrada naquele serviço, que até mesmo consegui ignorar o constrangimento em tocar – tão deliberadamente – o enorme peitoral daquele homem.

Porém, quando dei de cara com aquele abdômen definido, meu senso pudico voltou com força total, me deixando quase tão sem ar quanto o chefe a minha frente.

− O senhor... − Repentinamente parecia tão difícil respirar naquele lugar. − .... Tem algum calmante, ou... ou, outro tipo de medicamento para usar nessas situações? − Indaguei esperançosa já retirando também aquele grosso paletó de seus braços tentando parecer o mais indiferente possível naquele ato e não uma pervertida que poderia estar prestes a molestar um homem, aparentemente, indefeso.

− Eu... não os trouxe. − Respondeu ofegante me fazendo sentir desesperada por dois motivos diferentes.

Naquele momento eu paralisei, buscando de alguma maneira que meu cérebro me desse alguma solução que o ajudasse o mínimo possível, pois estes minutos – mesmo que não parecessem muito tempo – poderiam dar um desgaste enorme aquele homem, e eu faria de tudo para que o socorresse de alguma maneira – afinal, aquele ser humano pagava o meu salário – e foi assim que, me impus a fazer uma das coisas mais constrangedoras e desnecessárias de toda a minha vida.

Naquele momento eu paralisei, buscando de alguma maneira que meu cérebro me desse alguma solução que o ajudasse o mínimo possível, pois estes minutos – mesmo que não parecessem muito tempo – poderiam dar um desgaste enorme aquele homem, e eu faria...

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N/A: capa nova (ela é a coisa mais << linda >>, não é mesmo???) mas o ritmo ainda é o mesmo, alguma ideia do que nossa protagonista está pensando em fazer? 

ah, e para os ansiosos de plantão, estou publicando (implicitamente) spoilers da fanfic no meu perfil do tiktok, me acompanhem por lá também @ melindafanfics 

Meus Sete Clichês | BTSOnde as histórias ganham vida. Descobre agora