Meus Sete Clichês | BTS

Capítulo 09: "Comunicação"

N/A: SIM! É isso mesmo que vocês estão vendo, uma atualização DUPLA!  Não vamos perder tempo e já ao capítulo!

"Me perguntava o que me dera na cabeça para me envolver com um cara assim, mas jamais pensei que esse encontro, teria uma influência tão grande com o meu futuro."

(...)

Perdi dois horários de aula junto a Taehyung; com a demora em deixar me aproximar para ajudá-lo – do qual não o julgo, nem mesmo eu sabia o porquê ter me aproximado exatamente – tanto pelo tempo que levou para encontrar algo para limpar devidamente suas feridas, e, convencê-lo a colocar alguns remédios e esparadrapos.

A comunicação com ele era praticamente monossilábica, mal respondendo um "sim" ou "não" para qualquer coisa que eu perguntasse. Mas pude sentir muito bem, de maneira quase que incômoda, a forma intensa da qual me encarava. Mantinha-se calado boa parte do tempo, não tenho certeza se por receio de tentar começar uma conversa, pois, certos momentos notava seus olhos vidrados em direção ao meu rosto, quase que timidamente, e mesmo que eu fosse cuidadosa ao me aproximar dele, era praticamente repelida quando tocava sua pele por mais que alguns segundos. Poderia ser vergonha, ou talvez, um simples desagrado por uma estranha enxerida insistir em invadir seu espaço pessoal, eu não saberia dizer.

Depois de um longo tempo, entre tentativas falhas de um diálogo decente e alguns curativos mal feitos, já me levantava para ir embora e estava prestes a me despedir com um aceno quando ouvi um sussurro saindo de sua boca, e eu definitivamente acreditei ter ouvido coisas quando escutei aquele "obrigado" soprando até meu ouvido. E não pude deixar de imaginar o quão amigável aquele garoto bonito poderia ser, caso se permitisse que outros se aproximassem dele, e que, por algum motivo, ele parecia bem mais inofensivo do que como todos pensavam. Sorri levemente com o pensamento e devolvi o agradecimento, imaginando que ele, com certeza, tentará evitar uma garota intrometida e curiosa como eu por um longo tempo.

(...)

Entretanto não fora exatamente isso que aconteceu. E para a minha surpresa, depois daquele momento, não houve um dia se quer que eu não encontrasse Taehyung pelos arredores da escola; ainda sem trocar palavra, que não fosse responder as minhas saudações curtas quando nos esbarrávamos no corredor. E isto, ao longo do tempo, acabou acontecendo numa frequência tão grande e tão pouco usual que em umas certas horas começava a pensar seriamente se o garoto não passara a me seguir de alguma forma.

(...)

− Meus Deus, aquele garoto está aqui de novo... − Jimin sussurrou ao meu lado. Estávamos indo em direção aos armários da escola, pelo corredor principal, quando meu amigo pode avistar Taehyung encostado ao bebedouro, que fica ao lado de nossos cubículos. − ... Ele mal pisava na escola, mas agora... − Jimin acochou o enlaço que fazia em meu braço enquanto, teatralmente, escondia parte de sua fronte, com a mão livre. − O que você fez para aquele cara ficar te seguindo assim, hein?

− Ei... − Tanto eu como o garoto ao meu lado, nos assustamos, ao ouvir aquela voz rouca se aproximando, enquanto tentávamos passar reto daquele bebedouro, fingindo ignorar Taehyung. − ...Eu estou falando com você. − E naquele momento senti uma mão enorme segurar meu braço, nos forçando a parar, olhei assustada para o rosto acima de mim, com medo de alguma ameaça, mas ele somente perguntou. − ... Não vai me cumprimentar hoje?

Olhei para os lados, parecia que todo o corredor tinha congelado no tempo, olhando em nossa direção, Jimin estava simplesmente horrorizado ao meu lado – com uma careta hilária, que se fosse em outra situação, teria rido dele durante todo o dia – com a boca aberta, mas sem conseguir dizer uma palavra.

Não sabia dizer ao certo se era porquê, o terrível e silencioso Taehyung finalmente ousou falar publicamente, usando mais de três palavras na mesma fala, ou porque esse mesmo temível rapaz, pareceu, pela primeira vez na história, sorrir para alguém. Provavelmente era pelas duas coisas.

− E-Eu... − Olhava para os lados, esperando algum socorro, mas parecia que todos estavam entretidos demais para interferirem. − ... Bom dia, Taehyung. − Após um longo suspiro, disse por fim, mas para a surpresa de todos, ele voltou a sorrir.

− Bem... − Soltou meu braço, e passou a colocar suas mãos nos bolsos da calça. − Bom dia, para você também.

E como tão repentinamente ele me abordou, ele nos deu as costas, indo em direção a saída da escola. E assim que o fez, pareceu ter ligado o corredor novamente, e todos os outros alunos voltarem a fazer o que estavam fazendo, como se nada tivesse acontecido.

− Misericórdia... − Jimin me soltou rapidamente para passar suas mãos sobre seus braços, como se sentisse calafrios. − ... Que cara estranho, Deus me livre. − Voltou a enlaçar nossos braços novamente, e eu somente sorri de sua expressão exagerada.

− Nem pense em dar uma de Madre Teresa para esse cara, e nem para qualquer outro, de novo. − Pegou meu queixo delicadamente, para que me virasse para ele. − Não quero nenhuma facção indo bater na minha porta, para me pedir seu IDH.

− Você por acaso sabe o que é IDH? − Perguntei já rindo da cara rechonchuda que fazia.

− Não, mas... − Sorriu de si próprio ao admitir. − Só sei que não acho bom você ficar muito próxima daquele cara. − Finalizou, um pouco mais sério.

− Não se preocupe, eu não vou. − Confirmei com uma voz manhosa, para tirar a cara irritada de seu rosto, e pus minha cabeça apoiada em seu ombro.

− ... Acho bom mesmo. − Insistiu, não desfazendo o bico nos lábios. − Vamos logo, ou iremos nos atrasar para a aula de geometria. − Ditou, querendo manter sua pose, mas já voltava a pôr seus braços carinhosamente em volta de minha cintura. E instantes depois já nos misturávamos ao corredor cheio daquela escola.

N/A: E foi isso que vocês viram mesmo, o Jimin já aparecendo na saga,  será que já conseguem criar teorias com isso? 

Ah, e eu fiz alguns aesthetic dos personagens, entre os inícios dos arcos, dê uma olhada e me digam se curtem ou não .

até a próxima~~~~

~Melinda Clemente