Capítulo 54: "Proposta"

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"E para meu maior desespero, foi quando aqueles lábios começaram a se movimentar sobre os meus e se transformar em um beijo tão obsceno que passei a ter medo de como meu corpo poderia reagir aquele estímulo

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"E para meu maior desespero, foi quando aqueles lábios começaram a se movimentar sobre os meus e se transformar em um beijo tão obsceno que passei a ter medo de como meu corpo poderia reagir aquele estímulo.

Foi naquele exato momento, que eu tinha a absoluta certeza que estava completamente ferrada."

(...)

Felizmente, ou não, logo após que nos separamos – ou melhor, quando eu pode me afastar de Namjoon – a porta do elevador foi aberta, e, obviamente, ninguém da equipe da manutenção seria burro o suficiente, para comentar sobre o porquê de o grande CEO daquela empresa estar com o peito desnudo e completamente ofegante ao lado de uma secretária ruborizada toda desalinhada.

Alguns paramédicos estavam presentes, e logo me dispus a explicar o estado de Namjoon para eles – que relutou bastante para admitir seu estado de saúde – sendo que sua maior preocupação era somente se mostrar apresentável para a suposta equipe que deveria socorrê-lo.

Por fim, minutos depois fui dispensada pelo CEO – obviamente, só após dispensar a pobre equipe paramédica e solicitar uma consulta com o médico particular da empresa, pois o grande Kim Namjoon não se prestaria o "risco de ser avaliado por simples enfermeiros".

Aceitei todas as ordens e exigências de forma silenciosa, já me preparando mentalmente para organizar uma enorme pilha de currículos e começar a procurar um novo emprego o quanto antes.

− Espere um instante... − E antes que eu pudesse, por fim, sair daquele prédio, ouço a voz de meu chefe logo atrás de mim. Então, viro meu rosto para dar atenção a ele novamente. − Espero que a srta. não esqueça de chegar no horário amanhã de manhã. E, talvez, fosse meu cérebro pregando uma peça por passar tanto tempo num lugar fechado com aquele homem, mas, juro que vi um sorriso genuíno se formar em seus lábios naquele momento.

(...)

E na manhã seguinte, lá estava eu, alguns bons minutos adiantada do meu horário habitual.

Minhas mãos suavam desde que passei pela recepção e percebi os olhares questionáveis em minha direção, pois, com certeza algum fofoqueiro deve ter espalhado besteira e piorado a história por toda a empresa.

Inspirava e expirava lentamente para manter a calma – mesmo não sabendo de onde vinha todo aquele nervosismo – e contava os segundos para ser chamada – talvez para uma possível demissão ou na melhor das hipóteses rebaixamento de cargo – para assim acabar com essa agonia.

Foi quando finalmente ouvi o bip que passei a caminhar lentamente em direção aquele temido purgatório.

(...)

Se eu já estava hiperventilado por conta do nervosismo antes mesmo de entrar naquela sala, imagine agora, quando estou literalmente cara a cara com o dito cujo – que beijei deliberadamente sem nenhum aviso prévio ou se quer permissão – e do qual, me avaliava meticulosamente desde os pés à cabeça, como se eu fosse um tipo de inseto gigante!

O silêncio era extremamente desconfortável – diferente da maioria das vezes, onde era uma verdadeira benção ver Namjoon sem abrir a boca – e meu constrangimento era tão palpável que tinha receio de até respirar naquela enorme sala.

− Sr. Kim Namjoon... − Mas, como ele realmente não fazia menção em dizer uma só palavra, ousei em tentar, ao menos, me desculpar primeiro, e diminuir, ao menos um pouco, minha agonia. − Minhas mais sinceras desculpas, eu não deveria... − Estava até considerando a possibilidade de suplicar (afinal, aquele salário não era brincadeira) mas ele resolveu me interromper antes disso.

− Silêncio. − E foi aquele olhar severo que me fez silenciar meus lábios de uma só vez. − Não há necessidade de se explicar. − E por mais estranho que fosse, também pude notar um certo receio em sua voz. − Espero que não esteja duvidando do meu intelecto para poder entender porque... − E fiquei mais confusa ao vê-lo desviar os olhos de minha direção. − ... fez o que fez.

− Claro...Claro que não, senhor. − Por essa eu realmente não esperava, como também não esperava um homem daquele porte parecer tão distraído ao tocar seus próprios lábios, enquanto falava tão diplomaticamente.

− Devo admitir que, nunca esperaria que tivesse esse... Tipo de conduta. − Ele pausou para limpar sua garganta, não parecia muito confortável, mas não posso julgá-lo, pois eu estava muito menos. − Mas não lhe chamei para ficar detalhando todo o ocorrido, obviamente.

Sua pele morena dificultava em distinguir se ele realmente estava rubro ao falar aquilo ou não.

− Porém, antes de tudo, sinto que devo esclarecer... − E a volta daquele olhar sério não me dava boas expectativas. − Que seu emprego não corre perigo. − E mesmo não querendo demonstrar meu alívio, foi evidente o quanto meu corpo relaxou em somente ouvir aquela afirmação.

− Sabe, não sou uma pessoa que se surpreende facilmente... − E meu corpo ficou tenso no instante que vi aquele sorriso sorrateiro em seu rosto. − ... E você, srta., sem dúvida me surpreendeu. − Aquele sorriso e a forma como ele olhava para mim era realmente duvidosa. − A srta. tem uma inteligência notável, até em situações bem inusuais, como pude ver, é eficiente em seu trabalho, apresentando alto grau de empatia...

Realmente não era algo comum Kim Namjoon começar a elogiar pessoas aleatoriamente, e tenho certeza que ele vai querer algo por isso.

− ...além de tudo, tem uma personalidade polida, entretanto, sabe ser firme quando deve, e é assertiva na maioria das vezes. − Seu sorriso, por mais bonito que fosse, ainda não era capaz de esconder a sagacidade de seu olhar, e eu temia muito por isso. − É agradável e simpática, sem contar que sua beleza é, até mesmo, acima da média, e realmente... − Pareceu meditar por um instante. − Não sei como não pensei nisso antes... − sua última frase acabou me deixando ainda mais atordoada do que todo aquele bombardeio de elogios. − Porque você é exatamente o tipo de pessoa que eu procuro.

− Senhor... Eu não estou entendendo... − Murmurei temerosa do que poderia vir disso tudo. Mas, Namjoon parecia extremamente despreocupado, até mesmo contente, enquanto voltava a se sentar em sua poltrona acolchoada.

− Tenho uma proposta a lhe fazer. − Ditou confiante, e arregalei os olhos, tanto por medo como por expectativa, e seus olhos pareciam mais ferinos do que nunca. − Uma proposta irrecusável, diga-se de passagem. − Mas seu sorriso sinistro não era tão animador.

− E o que seria...? − Tinha receio de até arriscar um palpite, pois nada parecia grande demais para Kim Namjoon àquele ponto. Inspirei fundo, sentindo uma enorme ansiedade assim que vi os lábios daquele homem abrindo novamente.

− Quero que se case comigo.

N/A: e é só eita atrás de eita!

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N/A: e é só eita atrás de eita!

finalmente voltei, e posso dizer que  <<talvez>> as proximas atualizações sejam mais rapidas, ao menos até o final do meu recesso, mas é isso... só voltei para atiçar a ansiedade de vocês mesmo 

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