Capítulo 27: "Afago"

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"Ele não falou nada

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"Ele não falou nada. Afinal, senti-lo me acolher em seus braços era mais do que o suficiente para mim naquele momento, e realmente, era tudo que eu precisava."

(...)

Passou-se longos minutos até que minha respiração se normalizasse, mas ainda não podia evitar os pequenos soluços que escapavam de minha boca. Ainda sentia o afago suave de Jimin em minha cabeça e seu aperto sobre meu braço, e notando que não sairia de lá tão cedo, se virou para mim.

− Está tudo bem, princesa. − Senti as pontas de seus dedos tocarem em meu queixo, como se quisesse que eu não focasse em mais nada, do que aqueles lindos olhos que me observavam. − Pode chorar o quanto quiser, eu estou aqui com você. − E mesmo que meu peito ainda estivesse apertado por aquelas memórias, quase fui contagiada pelo sorriso amável que meu amigo me dava.

− Eu... − Passei as costas de minhas mãos sobre meu rosto molhado, tentando me recompor. − Eu não quero mais chorar.

Me ajeitei sobre o sofá enquanto voltava a agarrar um dos braços de Jimin, me apoiando amuadamente sobre seu ombro, e vi o seu sorriso gentil aparecer mais uma vez, me observando.

− Boa garota. − Rapidamente voltei-me a ele como um olhar irritado, pois ele sabia como eu detestava quando ele me chamava assim, porém, ele somente sorriu. − Por que não vamos lá para cima? − Ele levantou as sobrancelhas, sugestivo. − Está tarde, e você não quer passar a noite nesse sofá, não é?

Levantei meus ombros em descaso, ainda agarrada a seu braço, deixando que meu lado mimado se tornasse ainda mais presente.

− Você não está esperando que eu te carregue até o segundo andar, né? − Mesmo com o tom de falso ultraje presente, ainda podia vê-lo sorrir divertidamente em minha direção.

Apenas fiz o meu melhor bico de consolo enquanto afirmava repetidamente com a cabeça, que logo pude ouvir um suspiro resignado de Jimin, que já se levantava e estendia os braços em minha direção, como se estivesse prestes a carregar uma criancinha.

− Não se acostume. − Falou meio carrancudo, do qual sei bem ser somente um disfarce, já me pegando no colo, em posição de noiva, me carregando em direção as escadas.

− Tarde demais. − Sorri vencedora, enquanto circulava meus braços sobre seu pescoço.

(...)

Fazia quase uma hora que estávamos no quarto de Jimin, e não sei como, mas ele conseguiu me convencer tomar um banho naquele estado, que mesmo depois de muito birra, finalmente entrei na suíte junto com uma toalha que ele me emprestara.

E para falar a verdade, até que não foi tão ruim assim. Ardeu um pouco no começo, mas nada que eu não aguentasse – com muito esforço – e minutos depois, estava finalmente limpa e com o cheirinho gostoso do sabonete do meu melhor amigo.

E no momento, eu já estava sentada na cama alheia, esperando que meu enfermeiro particular voltasse para o quarto e refizesse os meus curativos.

− Você vai ficar aí secando na toalha, por mais quanto tempo? − Foi a primeira que ouvi Jimin dizer ao entrar no quarto, após notar que ainda não havia me vestido.

− O tempo que eu quiser, algum problema? − Cruzei meus braços o desafiando, pois sempre me aborrecia quando Jimin resolvia incorporar o irritante ao me sentir mais à vontade quando estávamos sozinhos.

Jimin ficou parado em frente a porta por alguns instantes, com sua carranca debochada de paisagem, quando me fitou de cima a baixo em descaso.

− Nenhum. − Virou seu rosto desgostoso e foi em direção a estante onde estava sua pequena mala de primeiros socorros, não dirigindo mais seus olhos a mim.

(...)

Não demorou muito para que Jimin terminasse com os meus curativos, mas fez isso de forma tão silenciosa que quase me senti mal por ter respondido a sua implicância.

Já estava deitada em sua cama – já decentemente vestida com um de seus moletons – enquanto ele se mantinha sentado ao meu lado, terminado de aplicar uma pomada sobre meu rosto, mas, ele me encarava tão seriamente que me sentia incapaz de desviar meus olhos dele.

− Já terminei. − Ditou simplista, ao fechar o pequeno pote onde estava o remédio. − Só vou pegar um edredom e já desço para o sofá, não quero te incomodar mais. − Dizia ainda sem olhar para mim, enquanto abria seu guarda-roupa a procura de seu cobertor, e eu estava prestes a levantar, para ir atrás dele. − Se precisar de alguma coisa, é só me chamar e...

− Jimin − Ele estava prestes a passar pela porta, quando o chamei. − Será que você...não pode dormir comigo hoje? − Perguntei receosa, desejando que ele só concordasse. − ... Só dessa vez.

Eu não queria dormir enquanto sabia que não estaríamos bem. Na verdade, só não queria ficar sozinha de novo. Ou ao menos, não sem ele.

Sorri aliviada, ao ver que ele fechará a porta atrás de si e desligava as luzes antes de se aproximar da cama, mesmo parecendo receoso de olhar para mim.

− Só dessa vez. − Repetiu minha fala, já bem perto do meu ouvido, enquanto eu já sentia o coberto que usava, sendo levantado, e ele deitar ao meu lado.

Não perdi tempo e logo já abraçava suas costas – como se sua presença fosse o suficiente para espantar todos os pesadelos que teria naquela noite – porém, logo senti seu corpo se enrijecer com meu toque, mas, talvez fosse somente em espanto de meu contato repentino.

E só com aquele simples contato, eu já me sentia mais segura, mais amada. Pois bastava queJimin estivesse do meu lado, que meu coração já se sentia aquecido outra vez.

 Pois bastava queJimin estivesse do meu lado, que meu coração já se sentia aquecido outra vez

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N/A: atenção, porque essa arco tem um grande risco de me fazer derreter ... Porque eu não sei vocês, mas eu não consigo lidar com tudo isso, a dinâmica do melhores amigos é uma das minhas maiores fraquezas

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