Capítulo 40: "Vizinho"

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N/A: Voltando ao presente

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"E como alguém alguma vez disse: Situações constrangedoras, formam laços mais fortes

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"E como alguém alguma vez disse: Situações constrangedoras, formam laços mais fortes. E se isso não for verdade, ao menos temos uma história divertida para contar."

(***)

Fechei a porta do táxi com dificuldade, minha bagagem quase não saiam daquele porta-malas absurdamente estreito sendo que o motorista não estava fazendo a mínima questão de me prestar ajuda.

Era um fato que, eu realmente estava me esforçando para não depender tanto de meu melhor amigo para coisas básicas ultimamente – como preferir uma corrida de um taxi barato do que uma carona no carro luxuoso de Jimin – porém, essa, claramente, não foi uma escolha muito inteligente, e sem dúvida vou chamar um Uber em uma próxima vez.

Puxava a enorme mala sobre o asfalto, sentindo sobre mim quase todo o seu peso, já que, uma das pequenas rodinhas acabara se soltando no processo de desembarque do aeroporto. Olhei para a frente, onde o condomínio de classe média onde morava estava a somente alguns metros de distância, e me deparei com outra coisa que simplesmente acabara piorando o meu dia.

Meu vizinho mal-humorado do andar de baixo, que estava bem em frente à entrada do prédio. E enquanto eu puxava com dificuldade a enorme bagagem sobre aqueles únicos dois degraus que ficavam logo à frente da calçada, lá estava ele: indiferente, dando total atenção a tarefa de colocar o lixo no coletor de recicláveis, mexendo se quer um músculo em direção a sua pobre vizinha indefesa que necessitava de ajuda. Porém, não que sua indiferença fosse algo fora do comum, já que Min Yoongi era de longe, o cara mais antipático que teve a oportunidade de mora nessa vizinhança.

Fazia menos de três meses que ele se mudara para o andar de baixo – se bem que ouvi boatos dele querer se mudar para o mesmo andar que o meu, mas felizmente isso ainda não aconteceu – e fora apresentado pelo síndico para os demais inquilinos e desde então ele não aparentava ter uma boa reputação.

Ao contrário, sempre que o via, mais eu tinha certeza de que ele chegava longe de ser uma pessoa amigável – ou ao menos simpática – porém, eu ou qualquer outro dos vizinhos não poderia falar muito dele, já que ele mal aparece pelos corredores. E se eu fosse arriscar, até diria que mal o vi mais de sete vezes durante esses três meses – sendo duas delas na lavanderia comunitária, o que me deixou secretamente aliviada, pois já estava começando a pensar seriamente no que ele fazia com suas roupas sujas – e até minha única tentativa de interagir com ele, não se saiu lá como eu esperava.

Quase tropecei quando a mala a minha lateral pulou d'uma vez ao ultrapassar o último degrau da portaria, tentei ignorar a vergonhar de ver meu vizinho me encarando enquanto eu passava pelo corredor, murmurei um baixo "bom dia" quando passei por ele, porém, nem se quer esperava por uma resposta, já que de qualquer forma ele nunca me respondia.

(...)

Cheguei ao meu apartamento praticamente sem fôlego, já que o aviso de "em manutenção" em frente ao elevador me obrigara a carregar minha bagagem sobre todos os cinco lances de escada até o andar onde morava, e, já que era feriado, não pude encontrar nenhuma outra alma viva entre os corredores que pudesse me ajudar – nem se quer o porteiro, já que era praticamente horário de almoço.

Por muito pouco não caia porta a dentro quando destranquei a fechadura emperrada, mas, ao menos aquele piso antiderrapante que instalei por boa parte da casa realmente valera de alguma coisa.

Passei boa parte da tarde reorganizando minhas coisas e limpando o apartamento, pelo fato de ter indo em uma viagem às pressas, acabei por deixar boa parte das janelas abertas, o que fez com que todo tipo de sujeira e lixo que passaram por elas entrasse pela casa.

Fiz praticamente uma faxina, limpei desde o chão aos armários na parede e, enquanto limpava as vidraças das janelas, acabei vendo de longe, sobre a calçada da rua da frente: Yoongi, ao que tudo indicava, voltando de uma corrida – tanto por sua vestimenta tanto porque ainda conseguia notar o suor brilhando em seus rosto e pelo cabelo escuro grudado em sua testa – ele parou em frente à entrada do prédio, apoiando seu braço sobre sua própria cintura, expirava rapidamente, ao que parecia, para recuperar o fôlego, como se tivesse corrido um longo percurso.

Não podia negar que ele era realmente bonito – e literalmente atraente – daquela forma, e, enquanto eu olhava, feito uma idiota, para aquele rosto suado, assistindo o mesmo afastar com seus dedos os cabelos que estavam grudados em sua testa, também o vi direcionar seu rosto para cima, voltando sua atenção para justamente a janela onde eu estava, e – consequentemente – me flagrou o secando feito uma pervertida!

Porém, para o meu alivio ou não, ele simplesmente desviou o olhar em descaso e foi para dentro do prédio como se não estivesse visto nada, e realmente, aquele rosto bonito não era o suficiente para salvar aquela postura arrogante.

   Porém, para o meu alivio ou não, ele simplesmente desviou o olhar em descaso e foi para dentro do prédio como se não estivesse visto nada, e realmente, aquele rosto bonito não era o suficiente para salvar aquela postura arrogante

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Meus Sete Clichês | BTSWhere stories live. Discover now