Capítulo 79: "Esquema"

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− Me desculpe

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− Me desculpe. − Ele disse por fim, e ao voltar meus olhos para os dele, vi como sua expressão estava lamuriosa. − E-Eu sei que não tem desculpas pelo o que fiz, − Ele tentou se aproximar de mim, mas me mantive afastada. − ...Independentemente de meus motivos − Ele desviou seu olhar para longe.

− Então, não importa o que aconteça − E pela primeira vez vi firmeza em seus olhos. − Eu prometo, que irei te ajudar a sair dessa.

(...)

Me surpreendi ao ver como sua atitude mudara repentinamente, e logo desconfiei de que talvez fosse só mais uma encenação, mas os seus olhos não pareciam mentir.

− Tudo bem, − Suspirei, decidindo mais uma vez dar um voto de confiança, mesmo que todos os meus instintos me dissessem para fazer exatamente o contrário. − Mas... − E antes que seu sorriso aliviado me distraísse, o questionei. − ...Antes de qualquer coisa, quero que me explique ao menos parte dessa bagunça, para que eu não seja pega de surpresa mais vez. − Apontei diretamente para o seu rosto. − E eu tenho direito a quantas perguntas que me forem necessárias.

− Claro... − Sua resposta fora um pouco receosa, mas era o suficiente por enquanto. − O que você quer saber?

− O quanto for necessário para criarmos um plano bom o suficiente para enganá-los − Fui ambiciosa, mas a relutância em seu semblante fora óbvia demais para que eu não me importasse. − ... Claro que, não faremos nada tão extremo que possa estragar sua carreira, mas, o que eu quero dizer... − Tentei reformular, não poderia ser tão egoísta aquele ponto.

− Você tem razão, − Seokjin me interrompeu. − Temos de contar até com as piores alternativas, ou se não, você não será capaz de se livrar deles, e poderá... ficar tão presa quanto eu. − E a forma como ele falava deixava a entender que aquilo era bem maior do que um simples jogo publicitário.

(...)

Não conseguimos ficar mais do que poucos minutos a sós naquela sala, pois logo alguns seguranças foram a nossa procura, contudo, felizmente, isso fora tempo o suficiente para tivéssemos uma ideia básica de como agiríamos a seguir.

Fomos praticamente forçados a nos separar - o que me deixava um pouco ansiosa, pois Jin parecia omitir algo sobre o que estávamos planejando fazer - e enquanto ele aparentemente ia para alguma sessão de fotos agendada a meses atrás, alguns assistentes da agência me empurravam em direção a uma outra sala que mais parecia um enorme salão de beleza, pois diziam que eu deveria estar apresentável para um almoço romântico que eu não fazia ideia de que haveria.

E quando finalmente me fizeram sentar na cadeira reclinável do salão, soube que estaria sujeita a horas de torturas que nunca em minha vida seria capaz de superar.

− Oh, minha nossa! − Uma senhora rechonchuda e sem linhas de expressão, se aproximou, e eu soube de cara que ela seria minha carcereira. − Que pele bonita você tem... − Esticou os lábios, e parecia que ninguém naquele lugar sabia sorrir de forma verdadeira.

− Por que tenho que ficar aqui? − Questionei já querendo fugir daquele lugar.

− Ora, mas que pergunta, querida... − A senhora se voltou para o que parecia ser seus assistentes. − Você realmente pretende aparecer em público desse jeito com o World Wide Handsome Kim Seok Jin? − Ela sorriu de forma soberba, mas logo mostrou uma expressão extremamente séria para mim. − .... É obvio que não. Nós iremos te deixar bonita para as câmeras, e para ele, é claro.

E assim que terminara de falar, arregalei os olhos ao sentir com um solavanco a cadeira onde estava, ser abaixada, e a enorme senhora sorrir em minha direção.

Adeus mundo cruel.

(...)

Era quase meio-dia quando eu finalmente estava sendo liberada daquele castigo infernal. Além de todo aspecto estético que eles - praticamente - me forçaram a receber, ainda tive de aguentar todas as alfinetadas - que mais pareciam apunhaladas no peito - que os tais gurus da maquiagem me faziam.

Levantei da cadeira completamente acabada - mais mentalmente do que fisicamente - porém, quando enfim pude me olhar no espelho, vi que por um lado, tinha valido a pena. Pois nunca tinha me visto tão arrumada quanto naquele momento.

Contudo, eles não perderam tempo e logo me arrastaram para outro aposento, que mais parecia um closet gigantesco, e sem pedir minha opinião ou permissão, passaram a escolher várias peças de roupa diferentes e jogá-las em cima de mim.

− Vista-se. − Era única coisa que ouvia repetidamente, e que, como tudo que acontecia desde que entrei naquele prédio, não tive escolha a não ser obedecer.

E enquanto eu caia na enorme pilha de roupa que ainda tinha de experimentar, só conseguia imaginar que aquela maldita agência deveria, no mínimo ter a decência de não me matar de fome.

E que àquela hora, até eu estava ansiosa por aquele estúpido almoço.

E que àquela hora, até eu estava ansiosa por aquele estúpido almoço

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N/A: rapida atualização, com gostinho do tabloide que vai vim

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