Capítulo 02.

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Passei o resto da manhã organizando minhas bagagens que chegaram cinco minutos depois, não gostava que ninguém mexesse em minhas coisas e por isso não esperei que a doméstica arrumasse. Enquanto tirava minhas roupas e dobrava colocando-as em um lado do grande guarda-roupa fiquei imaginando a convivência de cinco meninos em um apartamento-casa e como devia ser, era até estranho ter uma presença feminina ali, que no caso, era eu. Imagina que sufoco essa doméstica deve passar com esses cinco homens? Ainda mais com o gostoso do Léo sempre na cozinha.

Quando termino de arrumar minhas roupas, sapatos e acessórios que deram no guarda-roupa é exatamente na hora em que Léo invade o quarto.

- Está com fome, acertei? – ele sorri, agora veste um avental tapando seu físico e aquela cueca cinza bastante volumosa. Meu estômago revira, não é possível não me encontrar com fome diante dessa delícia.

- Sim – respondo sorridente e me levanto da cama.

- A macarronada está pronta, sabe, agora vai ser bom ter alguém pra encher de comida aqui, se prepare pra ficar obesa.

Dou um sorrisinho de lado e ele retribui, o acompanho em silêncio até a cozinha onde sinto aquele cheiro delicioso de macarronada ao molho.

Vejo uma figura baixinha e de idade, os cabelos grisalhos estavam amarrados em um coque alto, ela estava agachada limpando algo no chão.

Léo propositalmente a encoxou devagar e isso fez com que ela levantasse com uma carranca.

- Menino! Um dia eu ainda infarto, moleque saliente! – ela bate nele com a pá de lixo e ele cai na gargalhada. – Procura colocar uma roupa!

- Dolores! – ele a chama de forma gentil. – Anda estressada, quer que eu te faça um strip-tease seguido de uma massagem?

- Me trata com respeito! – ela bate nele de novo e ele continua a rir.

Ela se retira dali e eu caio na gargalhada, então presumo que ela seja a doméstica.

- Ela é um amor! – ele diz mandando beijos no ar pra ela que revira os olhos. – Foi a única que não tentou me levar pra hidromassagem.

- Mas você deve ser uma tentação pra elas não é? – murmuro.

- O que disse, Lara? – ele chama meu nome de forma seduzente.

- Disse que essa macarronada parece estar maravilhosa, não é?

Ele assente com um sorriso travesso e me serve com sua macarronada que não só estava com um cheiro bom como também com uma aparência. Ele parecia ter mesmo jeito na cozinha.

Observo sua bunda em movimento enquanto ele coloca o suco, refrigerante, ketchup e maionese e guardanapo sobre a mesa.

Só tiro minha atenção quando meu primo entra na cozinha com algumas compras, ele vem com uma latinha de cerveja na mão e se senta do meu lado.

- E os namoradinhos? – indaga e reviro os olhos.

- Não tenho – digo dando uma garfada na macarronada.

- Duvido, você aí toda linda igual o primão aqui não tem um namoradinho?!

- Arthur, ninguém é vagabundo que nem você não... – Léo diz rindo.

- A macarronada está maravilhosa! – confesso após ver que Arthur retrucaria Léo.

-Ah, como é bom ouvir isso, geralmente eu cozinho todos os dias pra esses cuzões e não recebo nenhum "obrigada, Léo, seu lindo, você cozinha muito bem''- ele diz dando ênfase na frase e acabo rindo.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now