Capítulo 74.

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Quando eu acordei fui tomar água e desci pra piscina, a chuva havia cessado mas o vento frio e o tempo fechado ainda reinavam naquele cenário maravilhoso

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Quando eu acordei fui tomar água e desci pra piscina, a chuva havia cessado mas o vento frio e o tempo fechado ainda reinavam naquele cenário maravilhoso. Quem não amava frio?!

Coloquei Sara no bolso do moletom e pedi o elevador, calçava pantufas e meias de vaquinhas.

Me olhei no espelho do elevador e parecia uma mendiga, ótimo. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo e senti meu punho doer, às vezes em certos movimentos ele doía, assim como minhas costelas. Eu não sabia bem o que havia acontecido e nem queria saber. Era melhor esquecer tudo aquilo.

Quando o elevador chegou no térreo fui direto pra área da piscina. Puxei uma cadeira de sol que era estilo rústica e me sentei ali, tirei Sara de dentro do bolso do moletom e a coloquei no meu colo. Ela estava acordada e mordia meu dedo com seus dentinhos curtos.

Encostei minha cabeça e ajustei minhas costas olhando o clima, e a praia com uma certa dificuldade por causa das palmeiras, e a da piscina em minha frente.

Respirei profundo sentindo as rajadas geladas do frio atingindo meu rosto, e estremeci.

Devia ser por volta de seis horas ou seis e meia, não olhei o relógio quando acordei, vim direto pra cá. Não havia ninguém, o céu estava escurecendo e as luzes do condomínio se acendiam.

─ Ei... ─ escutei a voz grossa e baixa e virei-me, visei Bruno que estava com uma camisa simples cinza e de calça jeans lavagem clara. Ele tinha as mãos dentro dos bolsos. ─ Tá frio aqui.

─ Tô bem protegida ─ solto um sorrisinho.

Ele também ri e se aproxima, puxa uma cadeira e se senta do meu lado. Ele encara Sara no meu colo e estende a mão pra pegar nela também.

Ficamos em silêncio, sua respiração está forte e posso sentir seu perfume assim que inalo o ar.

─ Sabe bem que não estamos sozinhos nessa né? ─ ele pergunta de repente.

─ Eu sei.

─ Estou contigo apesar de tudo, e mesmo que você me odeie eu ainda vou estar do seu lado ─ ele fala de forma forma e entrelaço nossos dedos. ─ Tudo foi culpa minha.

─ Não foi culpa de ninguém ─ digo baixinho.

─ Claro que foi... ele ainda podia estar aqui com a gente.

Levanto meu olhar e encaro seus olhos cor de mel que brilhavam, analiso seu rosto, sua mandíbula quadrada e o charme que seus cabelos bagunçados lhe causavam.

─ Bruno... ─ minha voz sai meio falha, ele aperta minha mão. Seu calor me aquece de forma rápida e confortável. ─ Eu só quero esquecer isso. Por favor.

─ Tudo bem, mas você me perdoa?

O encaro, ele está sério. Não acredito que ele estava se culpando, ele não fez nada de mal. Me levanto da minha cadeira e deito em cima dele na outra, colocamos Sara em cima dele e ele me abraçou. Deitei minha cabeça em seu peito tomando meu olfato com o cheiro gostoso impregnado em sua camisa.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now