Capítulo 79.

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Bruno foi me buscar depois da escola, almoçamos juntos em um restaurante lá perto de casa e depois seguimos pra casa. Ele não teria como ficar mais um tempinho comigo porque hoje tinha que resolver umas coisas na OAB quanto suas especializações que já estavam chegando ao fim.

Já estávamos no final de novembro, praticamente. E meio que me assustava ver que o mês havia passado tão rápido, parece que ontem eu havia chegado aqui no apartamento da loucura e amanhã já era dezembro, fim do ano.

Mas o ano havia sido bom por um lado, e um ano inesquecível acima de tudo.

As portas metálicas do elevador abriram e eu pude sair abraçada com Bruno, nós entramos em casa e joguei minha mochila em qualquer canto. Fui direto pra cozinha beber água e vi Arthur junto de Léo sentados na bancada. Havia uns seis envelopes em cima do balcão e peguei um curiosa abrindo.

─ O que é isso? ─ demonstro minha curiosidade aguçada.

─ Convites que a rainha das celulites entregou, vai ser na sexta, a festa de aniversário dela parece ─ Arthur deu de ombros. ─ Cadê Bruno?

─ Foi tomar banho e ir logo pra OAB ─ explico terminando de tirar o convite e o fitando. ─ Inferninho da Juliana... festa de dezoito anos. Não teria um nome melhor pra colocar numa festa temática não? Isso é clichê.

─ Ela é brega ─ Arthur tira sua atenção da televisão e me fita sorrindo. ─ Brega e ridícula... mas enfim, vamos não é?

─ Eu nem conheço direito essa Juliana, por que iria?

─ Porque eu vou, vai ter cerveja e amigas gatinhas ─ ele pisca.

─ É fantasia, vai fantasiado de quê?

─ Policial ─ ele coloca o dedo na boca de forma sexy e Léo gargalha. ─ Léo vai ser meu preso, vou colocar uma corrente no pescoço dele e puxar ele pela festa toda.

─ Sai fora, vadia de quinta ─ Léo sai dali e vai pra pia lavar alguma coisa.

─ Nós vamos, não é? Diz que sim... ─ seus olhos brilham.

─ Tá, vou comprar uma fantasia e ver isso direitinho com Bruno, ainda tem o presente da menina...

─ Eu vou dar um gel redutor de celulites ─ dá de ombros e bato no ombro dele.

─ Você não presta, Arthur Miller! ─ saio dali com o convite na mão e vou pro quarto.

Bruno ainda está no banheiro, e aproveito pra tirar meu uniforme e ficar apenas de calcinha e sutiã.

Quando o mesmo sai do banheiro enrolado com uma toalha branca na cintura, ele me olha dos pés à cabeça e me lança um sorriso safado. Eu retribuo encarando as gotículas de água escorregando pelo seu abdômen bem malhado.

Ele se senta na cama enquanto enxuga seus cabeloa com uma toalha de rosto.

─ É uma festa à fantasia, daquela menina lá de baixo, sua amiguinha, Juliana ─ explico após ele tentar ler o convite em minha mão. ─ Vai ser na sexta, Arthur quer pra irmos. Vamos?

─ Por que não? ─ ele enxuga os cabelos de forma ágil.

─ Não tenho muita intimidade com ela, não vou chegar na festa dela sendo que nem falar com ela direito falo ─ digo o óbvio.

Me deito na cama de barriga pra baixo e fecho os pálpebras.

─ Mas ela te deu o convite, então não vejo porque não ir.

─ Tá né ─ sinto a cama se desafundar.

Dentro de segundos os beijos molhados de Bruno são distribuídos pelo meu pescoço e ombro.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now