Capítulo 53.

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Dois meses se passaram, já estávamos no final de junho, próximo mês seriam minhas férias e Arthur já estava bolando plano pra gente viajar pra algum lugar.

Nesses dois meses eu me firmei de certa forma com Bruno, a gente às vezes se desentendia mas ele tinha um jeito bobo de me fazer sorrir e a gente voltar a se falar em questão de minutos. Eu conheci mais ele durante esse tempo, ele se abriu mais, contou mais sobre ele e mostrou a pessoa maravilhosa que é lá no fundo. E eu era louca por ele, cada dia que passava ficava mais louca ainda.

A gente almoçava juntos, passávamos as tardes juntas de vez em quando, só não fazíamos isso todos os dias pra Arthur não desconfiar. É, eu sei que devíamos falar com Arthur mas ainda não estávamos preparados.

Nós fazíamos de tudo pra disfarçar, na frente de Arthur éramos bons atores, eu fingia ter ódio mortal de Bruno e ele me atentava de todas as maneiras possíveis. Léo ria, pois ele sabia de tudo.

Arthur nem desconfiava, eu acho. Na verdade ele não estava nem aí pra nada. Ele parou até um pouco com esse negócio de festa todo final de semana após assumir a administração das lojas do tio Hernando, ele está se empenhando bastante já que é filho único. Agora as resenhas são apenas duas vezes por mês, e às vezes saímos no final de semana pra algum lugar.

Eu ainda falava com Ricardo, mas era um dia sim e o outro lá depois de muito tempo. Ele era legal, mas Bruno me pediu pra cortar os laços e estava fazendo isso por ele. Afinal, Bruno não é de pedir esse tipo de coisa.

Eu gostava de estar na companhia dele, me fazia bem, me sentia segura. Nós dois éramos dois idiotas juntos, mas ele me dava a breve sensação de que ninguém no mundo tocaria em um fio de cabelo meu, e eu amava o jeito que ele sorria, que ele me abraçava após fazermos amor, das canções que ele cantava no chuveiro. Eu amava aqurle brutamontes petulante metido e chato. Já eram seis meses praticamente que eu morava ali, e seis meses que eu sentia algo inexplicável por ele. Eu sabia que era amor, porque apesar de tudo e todo o tempo, eu sempre me derretia toda e ficava nervosa quando ele sussurrava algo na minha orelha ou beijava meu pescoço. Eu ficava com o coração acelerado só de vê-lo todo engraçado de cabelos desgrenhados me esperando na saída da escola.

Eu estava mais próxima de Júlia, e ela bem próxima de Peter, ou como ela gosta de chamar ele: "Peter Pan" ou "Peterpanzinho" e ele odiava esses apelidos e chingava ela em alemão, ela pensava sempre que era elogios mas estava plenamente enganada. Mas eu sabia que hora ou outra os dois iam se pegar de novo.

E pelo "ap da loucura" está tudo de boas, Arthur está se dedicando ao curso e as empresas, Léo continua com suas receitas malucas e até parou de dar em cima de mim por causa de Bruno mas na maior parte do tempo era meu melhor amigo, Peter estava também bem dedicado ao curso, ele inclusive estava tentando adotar um cachorro que seu grupo da faculdade resgatou, e eu estou fazendo de tudo pra Peter e Júlia dar certo, imagina só eles dois? Um louco e uma retardada. E Diego eu quase não via, por conta de ser sócio ele estava sempre pelas lojas do BK, ele era sócio e cuidava da gerência também, então ele viajava muito pelas lojas de todo Rio de Janeiro.

Hoje era sexta, dia de passar a tarde com Bruno. Havia dito pra Arthur que ia dormir na casa de Júlia e a mesma confirmou com ele, Arthur não era tão chato em relação à isso não, ele deixava eu sair pra onde quisesse contato que avisasse.

Fui pro apartamento dele e almoçamos em casa mesmo, depois de fazermos amor fomos dormir um pouco porque eu estava morrendo de sono, e Bruno não fica atrás. Nós dois dormimos mais do que ficamos acordados, outro dia fizemos até uma aposta de quem dormia por mais horas. Ele ganhou, dormiu por 18 horas seguidas.

Eu acordei bocejando, rolei na cama e fui parar nos braços quentes de Bruno que me envolveram em um abraço confortável. Bruno beijou meu rosto enquanto me abraçava.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now