Capítulo 07.

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A semana passou praticamente voando, minha rotina era a mesma, ia pra escola, aguentava piadinhas todos os horários e olhares de inveja e nojo das mimadinhas dali, quando chegava era recepcionada pelo delicioso Léo... ops... banquete que o gostoso fazia. Ele ia me deixar e me buscar na escola já que de manhã ele não fazia nada além de cozinhar, e cada dia eu tinha certeza que ficaria com ele, porque sabia que ele também queria.

Ele era carinhoso, tirava o cabelo do meu rosto, me abraçava, me beijava no rosto, na testa e às vezes... no canto da boca, e era ótimo sentir a barba dele roçando minha bochecha.

Na semana não tinha festas no apartamento da loucura, mas os preparativos para amanhã já estavam em andamento, sim, hoje era sexta-feira e a festa da Maysa. Eu iria. Durante essa semana tive os olhares de Ruan todos sobre mim, ele não parava de me olhar momento algum, aquilo me incomodava, eu tinha medo dele, muito medo dele. Sabia do que ele era capaz. Mas procurava não me abalar com isso, com o nosso passado, estava focada no futuro. Ele me esbarrava as vezes no corredor, mandava mensagem, mas eu não dava nenhuma resposta.

Eu falava todos os dias com mamãe e papai, estava com saudade, ela me ligava, ligava por skype, e ela e o papai sempre me passavam sermões para me comportar... mal sabendo eles que "eles" não se comportavam.

Bruno vinha muito aqui na semana pra almoçar junto se sua piranha oxigenada, ele passava duas horas implicando comigo por qualquer coisa que fazia, dava raiva, eu odiava ele com todas minhas forças.

Mas hoje era sexta, e eu me arrumava pra festa. Ia de short cintura alta lavagem clara, um cropped preto com babadinhos, uma rasteirinha, e com meus cabelos na chapinha. A minha maquiagem era simples, nada exagerada. E quando terminei de me arrumar fui pegar meu celular que estava carregando e dinheiro.

Saí do quarto passando perfume e fui pra sala onde os meninos estavam assistindo jogo, o único que faltava era Léo e Diego, mas Peter, Arthur e Bruno estavam dividindo uma pizza enorme enquanto estavam atentos ao futebol americano.

Todos eles me olharam assim que surgi.

─ Uau... vai pra onde, hein? ─ Arthur indagou.

─ Festa da Maysa, que te falei.

─ Aquele filho da puta vai? Seu namoradinho? ─ ciumento nada.

─ Ele vai, mas não é meu namorado. Então gente... essa roupa tá legal?

Arthur e Peter assentiram com a cabeça, Bruno não falou nada, ridículo!

─ Esse short te deixou com uma bunda hein ─ Peter disse e Arthur bateu na cabeça dele. Dei uma risada.

─ Não me faz te mandar trocar essa calcinha ─ Arthur diz e levanto os braços em forma de rendição.

Vou beber água antes de ir e peço pra Arthur chamar o táxi já que não queria atrapalhar o jogo dele.

─ Onde é essa festinha de aborrecentes? ─ o intrometido do Bruno perguntou.

─ Na casa da sua avó.

─ Garanto que não, ela não suporta crianças, principalmente festinhas que toca xuxa e kelly key ─ ele diz e reviro os olhos.

─ Por que você não procura o quê fazer? ─ digo um pouco alto.

─ Deve ser porque não tô com vontade.

─ Não pedi pra se meter na minha vida ─ digo cantarolando.

─ E eu não te perguntei se podia me meter ou não ─ ele fala meio alto e bufo.

─ Vai se ferrar!

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now