Capítulo 58.

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Os demais sete dias na qual passamos em Búzios foram perfeitos, cada momento, cada segundo, cada risada, brincadeira, tudo foi magnífico e eu não podia ter férias melhores. Junto de pessoas que gostava, mal pude ver o tempo passar, eu só sabia rir e aproveitar tudo.

Nós seguiamos a micareta pelas ruas de Búzios, e fizemos vários amigos, jogamos espuma e maizena na multidão que fechava uma rua dançando, e teve um certo dia que pegamos o carro de Bruno escondido e fomos pras ruas tacando maizena e espuminha nas pessoas na rua e nos outros carros, elas revidavam, e isso resultou em Bruno morrendo de raiva, ele era chato demais com esse carro dele. Íamos no parque aquático, nas festas mais proximas, nas festas da praia, íamos visitar as ilhas e praias de Búzios e todo dia era uma nova aventura... e quanto à Bruno, estava tudo tão maravilhoso com ele, decidimos dar a notícia do nosso namoro quando voltarmos, e a gente sempre dava uma fugidinha juntos, inclusive, Léo sempre quebrava esse galho pra Arthur não desconfiar.

Fui certo dia sozinha pra uma ilha com Bruno, lá tinha um chalé, Bruno alugou só pra nós dois. Tomamos banho numa banheira imensa e quentinha, fizemos amor no spa, ficamos a madrugada fazendo maratona de séries, tomamos um bom vinho, e trocamos muito carinho e beijos. Cada vez eu era mais louca por ele, mais apaixonada, tudo nele me encantava, sua preocupação, sua forma de me tocar, seus beijos, seu jeito de fazer amor comigo...

Mas hoje infelizmente iríamos voltar, Diego iria viajar dia vinte e três pra Minas, mas se fosse por todos nós iriamos continuar ali naquele paraíso.

Eram oito e cinquenta da manhã, eu estava morta de sono no banco traseiro da hilux, Léo estava do meu lado também morto de sono, e nós olhávamos os meninos ajeitando as coisas pra podermos ir embora. Revisando os carros, pegando os galões de gasolina, pegando água e comida e coisas do tipo.

Havia dormido mal, Arthur roncou a noite toda e estava com uma insônia do cacete, mandei mensagem pra Bruno e ele passou a noite comigo sentado na areia da praia, e dormi no colo dele recebendo um carinho mais que gostoso.

Eu olhava Bruno pela janela do carro, ele conversava algo com Arthur e Peter, Deus, não conseguia parar de p admirar, tudo nele era lindo. O rosto tão limpinho, o nariz reto e afinado, os lábios carnudos, os olhos cor de mel e os cabelos lisos que caiam de uma forma tão harmônica que era quase que impossível não o apreciar, seu cabelo do lado era bem aparado, mas em cima, era rebelde e só deixava Bruno mais lindo ainda. Ele trajava uma camisa branca polo de gola que ficava meio justa no peitoral e braços dele, deixando claro que era forte, a bermuda era jeans e de tom escuro, e ele calçava um sapatênis. O óculos escuro parecia ser feito especialmente pra ele, lhe caia tão bem, e eu sei que sou boba por reparar nos mínimos detalhes dele, no relógio no braço, nos gomos de sua barriga, na entrada da pélvis, na barba por fazer, nos seus sorrisos. Em tudo!

Sou tirada de pensamentos quando Diego coloca a cara bem na janela e me causa um susto. Cretino!

─ Vai se foder ─ abaixo o vidro, ele dá uma reboladinha engraçada e vai pra rodinha das piranhas, só faltava Léo que dormia do meu lado. Sério, esses meninos causam mais risadas que qualquer show de humor, minha barriga doía só de rir, eram todos palhaços.

Diego sarra Arthur e o mesmo vai brigar com Diego, Bruno olha pra mim, dou um sorrisinho e ele retribui.

Logo estamos na estrada, Léo deita sua cabeça em meu colo enquanto joga no tablet, e eu ouço os rocks  antigos que Bruno botou e que aprendi a gostar. Ele dirige devagar, bate os dedos no volante de acordo com as batidas da música e hora mexe a cabeça com o solo da guitarra.

Eu estou quase dormindo, mas tento me manter acordada por tudo.

─ Lara, dorme ─ ouço a voz grave de Bruno, inalo seu perfume que está impregnado no ar e cerro os olhos.

─ Que nada, tô sem sono ─ deixo um bocejo escapar.

─ Tô vendo.

Faço carinho nos cabelos de Léo que acabou dormindo no meu colo e olho a paisagem pela janela.

***

Chegamos no Rio por volta das onze e meia, até mesmo por conta do engarrafamento, eu estava morta de cansaço mas parecia que os meninos não estavam nem um pouco. Eles iam no elevador conversando e já planejando sair amanhã, e eu só queria dormir.

Quando cheguei em casa fui direto pro banho e depois me joguei na cama dormindo.

Fui acordar lá pelas três da tarde, os meninos não estavam em lugar nenhum, ótimo, deveriam ter saído sem mim. Peguei meu celular e tinha uma mensagem de Arthur.

Primo tesudo ─ Ei piranha, descemos aqui pra quadra, quando acordar desce também, beijo.

Quem mudou esse contato foi Arthur, quase morri porque tinha conversas e certas fotos com Bruno no meu celular, mas ele só pegou meu celular pra isso, graças ao bom pai.

Eu comi uma fatia de lasanha, tomei um banho pra despertar e vesti uma roupa melhorzinha pra descer. Peguei meu celular e perguntei que quadra eles estavam, os retardados estavam jogando basquete.

Pra minha total surpresa quando chego lá, vejo Juliana e mais duas amiguinhas dela sentadas e olhando o jogo dos meninos, me sobe uma raiva, principalmente porque eles estão sem camisa e suados. Vou lá pra dentro da quadra e me sento em uma calçada baixinha, vejo o jogo deles e de vez em quando meu olhar se passa pelas meninas e vejo elas me olhando com cara de nojo.

Quando os meninos terminam o jogo vamos direto pra piscina, eles caem na água e eu fico só olhando. A introsada tem que vim atrás e ainda por cima ficar rindo e apontando pra eles, e o nome "Bruno" não sai da boca dela, isso é o que mais me irrita.

Nós subimos por volta das oito horas, eles compraram bebida no salão e inventaram de beber pro meu azar.

Juliana continuava lá e inventou de tomar banho, não demorou dois minutos pros meninos falarem das celulites dela, principalmente Arthur que tem a língua afiada até demais.

Pedimos pizza e fizemos sessão cinema, assistimos filme de terror e comédia, mas odiava assistir filme com Arthur e Bruno porque simplesmente Arthur dormia e Bruno comentava o filme todo.

E lá por uma da manhã fomos dormir, já que todos estavam cansados e amanhã Léo iria trabalhar.

Mas antes de dormir claro que fui dar um beijão de "boa noite" no meu amor porque ficar um minuto longe dele já era um castigo imenso.

E assim pude dormir, na cama de Arthur após a gente fofocar sobre tudo e falar mal dos outros. Eu amava meu primo. Dormi o abraçando e pensando em como esses onze dias em Búzios haviam sido perfeitos.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now