Capítulo 43.

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Acordei no dia seguinte com a luz na minha cara, me espreguicei e abracei aquele travesseiro fofinho com o cheiro de Bruno. Ele não estava mais na cama, e por incrível que pareça minha cabeça não doía.

Peguei meu celular vendo o horário e o relógio já marcava nove e meia da manhã, ótimo! Me levantei da cama mesmo querendo ficar nela pra sempre sentindo aquele cheirinho.

Fui no banheiro, fiz minhas necessidades, joguei uma água no rosto e escovei os dentes.

Fui em busca de uma roupa, mas estava afim de ficar só de camisa e calcinha. Então peguei uma calcinha de renda preta em minhas coisas e procurei no guarda-roupa de Bruno uma camisa dele, peguei uma cinza com uma cruz e duas rosas enroladas nela e vesti, ficou enorme em mim.

Amarrei os cabelos em um coque frouxo e saí do quarto com meu celular na mão.

No apartamento era cozinha americana, o sol do Rio de Janeiro adentrava pela sacada dando uma luz incrível à todo ambiente. E a cor branca só ajudou.

Ao chegar na sala vi Bruno na cozinha, ele me olhou e sorriu, aquele seu sorriso lindo que deixava suas covinhas amostra.

─ Bom dia, senhora ressaca ─ diz de forma irônica e vou até ele o abraçando por trás e vendo o que ele estava fazendo.

─ Nem estou de ressaca ─ digo passando minhas mãos por seu abdômen e sentindo os gominhos que o decoravam. ─ Tá fazendo o quê?

─ Algo pra comer.

─ Isso está óbvio. Tô querendo saber exatamente o quê.

─ Alguma gororoba que irá, certamente, ficar ótima ─ ele corta o tomate. ─ Acredite, sou um ótimo cozinheiro. Já ganhei até concursos de comida.

─ Com toda certeza ─ retruco.

─ Vai comer, comprei umas coisas na padaria e deixei ali na mesa.

Eu bato palminhas e vou pra mesa comer, estava morta de fome. Comi torta fria, pão com manteiga e requeijão, duas panquecas com doce de leite e suco de goiaba natural. Quando terminei fui ajudar Bruno, lavei a louça e fui pra sacada ver a vista.

O dia estava incrivelmente lindo, o sol estava irradiante, o mar azulzinho, havia flores na sacada de Bruno e davam a paisagem perfeita. Era possível ver algumas pessoas lá na praia, mesmo de longe. Fiquei encarando aquela paisagem magnífica e as ondas que se quebravam até Bruno me chamar.

─ Vamos fazer um bolo? ─ ele dá uma ideia.

─ Acho mais adequeado: vamos tentar fazer um bolo?

─ Vamos ter que fazer a massa, não tem massa. Sabe fazer brigadeiro? ─ faço que sim com a cabeça. ─ Então você faz pra ser a cobertura. Vem, vamos fazer a massa.

Vou até ele que pegava as coisas necessárias como batedeira, ovos, leite, fermento, nescau, trigo, açúcar e sal. Pesquisei uma receita e assim iniciamos nossa receita.

Foi uma bagunça total, Bruno derramou trigo no chão, eu deixei um pedaço de casca de ovo cair dentro sa massa e quase ia passando requeijão na forma no lugar da manteiga.

Mas por fim nossa massa estava pronta, colocamos na forma e no forno. Enquanto fui fazer a cobertura, Bruno foi limpar tudo.

Deixei o brigadeiro um pouco ralo, Bruno tirou do armário kitkat, confeite, m&m e chocolate raspado pra colocar em cima depois da cobertura e quase roubei um kitkat, mas ele não deixou.

─ Pronto ─ pego a panela com o brigadeiro e deixo em cima da pia. ─ Agora é só esperar o bolo ficar pronto.

Bruno meteu o dedo dentro do brigadeiro e levou na boca. Fez uma careta boa.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now