Capítulo 81.

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Juliana estava do lado dele no sofá beijando o rosto do mesmo, mas no mesmo instante vi Bruno se levantar com tudo e a deixar ali com cara de tacho.

Ele olhou ao redor em minha procura e quando me viu veio até mim, mas saí disparada na frente.

Saí daquele salão em passos rápidos e fui em direção ao elevador com a cabeça quente. O elevador se fechou no minuto em que Brubo chegou na frente do mesmo tentando o abrir. Mas já era tarde.

Estava meio tonta, me encostei no elevador e esperei que meu andar chegasse. Quando chegou, saí disparada pro quarto de hóspedes.

Tirei aquela saia e o corpete, em seguida os saltos e fiquei apenas de lingerie e as meias. Me sentei pra tirar as meias e nesse momento a porta foi bruscamente aberta e Bruno adentrou ao quarto.

─ Lara... eu...

─ Eu vi, Bruno ─ digo puxando as meias até meus pés e sentindo minhas bochechas arderem.

─ Então tu deve ter visto eu saindo do lado dela antes dela passar da bochecha pra boca.

─ Podia ter saído antes, na hora que ela chegou lá sentando do seu lado ─ me levanto e pego um roupão me enrolando no mesmo.

─ Lara, pelo amor de Deus ─ ele joga sua fantasia no chão e fica apenas de cueca box, não o olho, não queria dar de cara com seu corpo gostoso e cair na tentação. ─ Eu namoro com você... acha mesmo que ia beijar aquela garota sendo que você estava lá? Eu prometi ser fiel desde que começamos a namorar e cumpro isso até hoje.

─ Mas poderia ter saído, Bruno ─ minha cabeça lateja, sinto meu nariz arder.

─ Eu não vou nem discutir, isso é patético. Acha que ia te trair com ela? Ela só se sentou e beijou meu rosto, quando ia se aprofundar mais eu saí de lá, e você viu.

Fico em silêncio, fito o chão e me sinto meio tonta.

─ Tem razão... desculpa, só estou de cabeça quente e meio tonta, acho que foi a bebida.

─ Certo... eu só tenho olhos pra você, Lara ─ diz sério e seu celular começa a tocar. Eu pego seu celular na cômoda e na tela piscava "Vivian", entrego o celular pro mesmo que atende rápido. ─ Oi... o que aconteceu?... e cadê seus pais?... nem seu irmão está aí?... imagino, são quase três da manhã... eu estou indo aí, ajeita seus documentos... tudo vai ficar bem, se acalma. Já tô indo aí.

Ele desliga o celular e vai apressado pegar uma calça jeans no guarda-roupa, uma camisa e seu sapatênis.

─ O que houve? ─ pergunto curiosa e meio assustada.

─ Vivian está passando mal, vou levar ela no hospital ─ ele se calça rápido e pega as chaves.

─ Isso não é sua prioridade ─ digo sentada e encolhida na cama.

─ Lara... muitas vezes eu liguei pra ela nesse estado, morrendo, e ela ia até minha casa quatro, cinco e até mesmo seis da manhã me levar pro hospital. Eu não tenho nada com ela, e nem pretendo ter, mas ela já fez muito por mim e ajuda eu jamais irei negar à ela.

Eu me calo, Bruno estava certo. Apesar de tudo ela havia sido uma grande pessoa na vida dele, o ajudou muito. Eu assinto e o assisto correr pegando seua documentos, antes de sair ele vem até onde estou e beija minha cabeça.

O vejo fechar a porta e me deito na cama exausta. Eu tinha que parar de brigar por coisas idiotas, Bruno era fiel, eu sei que era. Não precisava desconfiar dele, apesar de tudo ele apenas tinha o coração maior do que imaginava.

Eu podia confiar nele, nós éramos namorados e Vivian apenas uma amiga. Que mal podia acontecer em ele levar ela no hospital?!

Balanço a cabeça me livrando daqueles pensamentos e fecho as pálpebras querendo pegar no sono.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now